A justiça determinou nesta quarta-feira (17) a apreensão dos passaportes do nadador americano Ryan Lochte e de seu colega de equipe James Feigen para impedir que deixem o país depois das dúvidas levantadas por um vídeo a respeito do suposto assalto que teriam sofrido.
“A juíza Keyla Blank emitiu um mandado de busca e apreensão dos passaportes dos nadadores dos Estados Unidos. Dessa forma, eles estão proibidos de deixar o país”, afirmou uma fonte judicial.
Informações da imprensa ainda não confirmadas afirmam que Lochte já teria deixado o Brasil. A polícia carioca não comentou ainda esta informação.
O Comitê Olímpico dos Estados Unidos se negou a fazer comentários sobre a localização de seus atletas, mas confirmou que a polícia brasileira os está procurando.
“A polícia local chegou à Vila Olímpica esta manhã e pediu para se reunir com Ryan Lochte e James Feigen e pegar seus passaportes a fim de assegurar outros depoimentos dos atletas”, afirmou o porta-voz Patrick Sandusky.
“A equipe de natação deixou a vila depois que competição terminou, portanto não temos como dizer se os atletas estão disponíveis. Além disso, como parte de nosso protocolo de segurança padrão, não tornamos público os planos de viagem dos atletas e, portanto, não podemos confirmar a localização dos atletas”, acrescentou.
Sandusky afirmou ainda que a equipe americana “continua a cooperar com as autoridades brasileiras”.
Assalto
Lochte, um dos grandes nomes da natação dos Estados Unidos, alega que ele e três colegas foram assaltados quando saíam de táxi de uma festa na zona sul do Rio. Os quatro nadadores teriam sido obrigados a deitar no chão e tiveram dinheiro e outros itens roubados sob ameaça de armas.
“O cara puxou a arma”, contou Lochte. “Botou na minha cabeça e disse: deita. Ele levou nosso dinheiro, ele pegou minha carteira... ele deixou meu celular e deixou minhas credenciais”, acrescentou.
Um vídeo obtido pelo jornal britânico Daily Mail, no entanto, levanta dúvidas sobre a ocorrência dos fatos, pois mostra os atletas chegando na Vila Olímpica em um horário e com uma atitude que diferem muito dos depoimentos prestados.
A polícia continua procurando testemunhas do suposto assalto, assim como o motorista do táxi em que os atletas afirmaram que estavam.
A justiça está avaliando “possíveis inconsistências da história dos nadadores”, como depoimentos desencontrados de quantos seriam os assaltantes. “É visível que as vítimas chegaram física e mentalmente inabaladas, até mesmo brincando uns com os outros”, observou a juíza a respeito das imagens mostradas pelo vídeo.
No vídeo, é possível ver os quatro atletas chegando normalmente à Vila Olímpica, sem sinais visíveis de que teriam acabado de passar por uma experiência traumática e, inclusive, brincando uns com os outros.
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