Repercussão
Foi difícil para os jogadores do Paraná concederem mais uma série de entrevistas depois de um novo resultado insatisfatório dentro de casa. O empate sem gols com o Vasco na Vila Capanema não agradou ninguém, sobretudo pelas várias chances criadas pelo Tricolor no decorrer do jogo.
"Mais uma vez ficamos pressionando o segundo tempo todo e não tivemos a capacidade de fazer o gol. Agora é pensar no Grêmio e trazer bom resultado do Rio Grande do Sul", desabafou o atacante Lima, que entrou no segundo tempo e não conseguiu vencer o goleiro Silvio Luiz.
Leia as opiniões de Neguette, Beto e Gabriel______________________________
Cansado de ser questionado sobre o bom futebol, porém ineficiente no ataque, o zagueiro do Paraná Nem definiu o que a equipe deve fazer daqui para frente no Brasileirão: "Temos que jogar feio e vencer". A afirmação, em tom de sarcasmo, apareceu após o empate sem gol com o Vasco na Vila.
Segundo o veterano defensor, os elogios ao futebol do Tricolor quando o resultado não vem pouco ajudam. "Estamos jogando bem, mas só jogar bem no Campeonato Brasileiro não adianta. Tem que jogar bem e ganhar. Precisamos parar de lamentar, dizer que jogamos bem e não ganhamos. Se for assim, prefiro dizer que temos que jogar feio e vencer", declarou.
Não foi no último jogo do primeiro turno do Brasileirão que o Paraná Clube fez as pazes com o seu torcedor. Atuando contra o Vasco na Vila Capanema, o Tricolor jogou ofensivamente, criou oportunidade, porém não teve eficiência para furar a defesa carioca e o empate sem gols neste domingo (12) decretou o quarto jogo seguido em que a equipe não marca.
No hall dos jejuns, continua também a seqüência de 21 dias ou seis jogos sem vitória na competição, e de maus resultados da era Gilson Kleina. O técnico ainda não conseguiu colocar o seu plano de trabalho em prática e o time segue caindo vertiginosamente em termos de resultados.
Por outro lado, os paranistas atuaram bem durante os 90 minutos, bem posicionados defensivamente, e agredindo os adversários com muita velocidade e vontade. Entretanto, a ausência de mais qualidade individual dos avantes do Paraná resultou em uma dúzia de gols perdidos na partida. Quando a bola tinha endereço certo, o goleiro Silvio Luiz parou as ofensivas dos donos da casa.
Assim, o Paraná fecha o primeiro turno com 24 pontos em 19 jogos, o que coloca a equipe na 13.ª posição, em uma "zona morta" da classificação. A recuperação pode vir no início do segundo turno, no próximo sábado (18), contra o Grêmio em Porto Alegre. Já o Vasco recebe o lanterna América-RN no domingo (19). Antes, na quarta-feira (15), a equipe estréia na Copa Sul-Americana diante do Atlético Paranaense na Arena da Baixada.
Paraná sente ausência do artilheiro Josiel
Com a obrigação de vencer dentro de casa, o Paraná começou o jogo procurando tomar a iniciativa, porém os primeiros lances ofensivos foram do Vasco. Em dois arremates, ambos para fora, ficou clara a postura da equipe carioca: parar o ataque paranista e apostar nos contra-ataques, até porque o trio Alan Kardec, Conca e Leandro Amaral é conhecido pela sua velocidade.
Mas o gol de abertura do marcador esteve mais próximo do Tricolor. Primeiro com Vandinho, que mostrava muita vontade e em um dos seus chutes de fora da área, por pouco não contou com a ajuda de um "morrinho artilheiro" para vencer o goleiro Silvio Luiz. Depois foi a vez de Léo Matos, já no final do primeiro tempo, encher o pé e assustar o arqueiro vascaíno.
Os chutes de longa distância foram a principal arma tentada pelo Paraná. Sem a referência de um atacante fixo na frente como é o caso de Josiel, ausente por suspensão , o time sentiu muitas dificuldades no ataque. Do outro lado, o Vasco também teve as suas chances, a maioria delas criadas por erros bobos da defesa tricolor, contudo nenhuma dessas finalizações foi em direção ao gol de Flávio.
Pelo que se viu, foi muito pouco para as aspirações de ambas as equipes nesta altura do Brasileirão.
Pressão paranista pára nas limitações e em Silvio Luiz
"O empate aqui, fora de casa, não seria um mal resultado". A frase foi do zagueiro Júlio Santos no fim da etapa inicial. Como um verdadeiro vidente, o jogador do Vasco previu a postura que seria adotada pelos seus companheiros nos 45 minutos finais. Mesmo com a entrada do jovem goleiro Gabriel no lugar de Flávio, que sentiu uma lesão na virilha, o time carioca pouco arriscou no segundo tempo.
Já o Paraná continuou bem postado na defesa, e com os vascaínos claramente adotando a retranca, só restou ao Tricolor atacar em busca da vitória a qualquer custo. E durante toda a etapa complementar, foram pelo menos cinco chances claras de gol para os paranistas. Contudo, assim como no primeiro tempo, o arremate final e a ausência de um "matador" minaram a equipe.
Quando o Paraná acertava o gol, Silvio Luiz fazia a sua parte, garantindo o empate sem gols na Vila. Com as entradas de Lima e Jeffe, Kleina procurou dar mais poder de fogo ao Tricolor, mas a noite não parecia ser do time paranista. Só restou se contentar com o ponto solitário em mais uma partida em casa.
Confira a ficha técnica e os principais lances do empate sem gols na Vila
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