É verdade, a situação do Paraná ficou bastante complicada depois da derrota para o Libertad no jogo de ida das oitavas-de-final da Taça Libertadores da América. Mas como diz um velho ditado popular, "a esperança é a última que morre", e com o objetivo de seguir calando os críticos e fazendo história o Tricolor mostrou confiança no desembarque em Assunção, capital paraguaia que será palco do jogo de volta, nesta quinta-feira (10), às 21h (horário de Brasília). A Sportv2 transmite o jogo.
No Estádio Defensores Del Chaco, a pouca torcida que o Gumarelo - apelido do Libertad em seu país - não deverá impor muita pressão sobre os paranistas. A dificuldade mesmo será fazer 2 a 0 na casa do adversário, que terminou a fase de classificação com a terceira melhor campanha da competição. Caso faça os gols, mas tome um gol, a decisão irá para os pênaltis. Marcando três vezes, o Paraná pode se classificar.
A dificuldade, ao invés de desanimar, está servindo de incentivo aos jogadores e comissão técnica. Ninguém no elenco está disposto a abrir mão de escrever sua história no clube, já que a maioria gostou de ter de respirar o ar seco do Deserto de Atacama, no Chile, ou ainda embarcar rumo à Venezuela para desbravar a petrolífera Maracaibo, e por fim sofrer com o altitude de mais de 4 mil metros na boliviana Potosí.
Tanto esforço não pode ser jogado fora, ainda mais com a possibilidade de enfrentar o Boca Juniors nas quartas-de-final (a equipe argentina eliminou o rival Vélez nas oitavas e aguarda Paraná ou Libertad).
Outro motivo para o Tricolor não jogar a toalha antes do tempo é a possibilidade do clube faturar mais US$ 150 mil (cerca de R$ 303 mil) no caso de passar de fase, além da renda de outra partida histórica na Vila Capanema. "Claro que nos preocupamos com isso também. Sabemos que a situação financeira do Paraná não é confortável e podemos ajudar", reconheceu o zagueiro Daniel Marques durante o reconhecimento do Defensores Del Chaco.
Para motivar os jogadores e fazê-los crer na classificação, o técnico Zetti relembrou uma passagem da sua carreira como goleiro. "Tem dois títulos que eu ainda hoje lamento ter perdido: a decisão do Brasileiro de 90 pelo Corinthians e a da Libertadores de 94 contra o Vélez. Mas não dá para ficar remoendo. Temos sim de ir atrás de novas conquistas", contou o treinador, esperando que a próxima seja uma vitória reabilitadora sobre o Libertad.
Dentro de campo, as novidades deverão ser o zagueiro Toninho ao lado de Daniel Marques, substituindo o suspenso Neguette, e a entrada de Joelson no meio-campo, barrando o João Paulo e o meia Gérson, respectivamente. Assim os paranistas vão no tradicional 4-4-2 para cima dos paraguaios.
Libertad
Ao contrário do primeiro jogo em Curitiba, o Libertad deverá ter força máxima para o jogo desta quinta. São esperados os retornos do goleiro Jorge Bava, do zagueiro Pedro Sarabia e do meia-armador Cristian Riveros, que voltará a jogar após uma operação de menisco do joelho direito. Marín, autor do primeiro gol da equipe em Curitiba, segue como opção para etapa final.
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