Na coletiva desta terça, Alexandre Pato disse que gosta de jogar da forma que vem atuando na seleção| Foto: Hedeson Alves / Gazeta do Povo

Companheiro de Milan, Thiago Silva defende atacante

Acompanhado de Alexandre Pato, o zagueiro Thiago Silva foi um dos jogadores a conceder entrevista coletiva hoje (5), no início da tarde, na concentração do hotel Sofitel La Reserva Cardales. Um dos melhores em campo na estreia diante da Venezuela, empate em 0 a 0, no domingo (3), o defensor acabou tendo de justificar o fraco desempenho do ataque brasileiro.

O colega de Milan, ao lado na bancada, foi o mais elogiado por ele. "Tenho certeza que ele [Pato] não esqueceu [como fazer gols], é apenas uma questão de tempo. Ele fez 14 gols pelo Milan na temporada. Quando os gols saírem, o clima vai mudar", declarou Silva.

No sábado, o Brasil pega o Paraguai, em Córdoba, na segunda rodada do Grupo B. O oponente da vez também ficou em um 0 a 0 contra o Equador. Assim, todos os times estão iguais na tabela de classificação. O zagueiro elegeu o "nervosismo" como fator para a seleção ter passado em branco. E acredita que, no sábado, será diferente. "No segundo tempo, tivemos um pouco de nervosismo para resolver o jogo. Tem que ter tranqüilidade, saber o momento de atacar pelos lados, pelo meio. Mas tenho certeza que os nossos atacantes sabem a responsabilidade e os gols vão aparecer", disse o zagueiro. (André Pugliesi, enviado especial à Argentina)

CARREGANDO :)
Veja também
  • Chave do Brasil tem pior largada da história
  • Pato diz que seleção "tem muitas coisas para melhorar"
  • Sem temer o Brasil, Paraguai promete atacar sábado

Los Cardales, Argentina – No Milan, Alexandre Pato joga como segundo atacante, enquanto o sueco Ibrahimovic faz o papel de referência ofensiva. Na seleção brasileira de Mano Menezes o jogador paranaense foi escolhido para fazer essa função. Apesar de ter passado em branco na estreia pela Copa América, o empate por 0 a 0 com a Venezuela, ele diz que se sente à vontade ali.

Publicidade

"Gosto muito [de jogar desta forma]. O que eu sei é fazer gols. Infelizmente, contra a Venezuela não deu", diz o atacante, questionado se estaria se sentindo à vontade na posição. "Me senti como no jogo com os Estados Unidos. Meu papel é segurar a bola ali na frente", responde, lembrando do amistoso de estreia de Mano pela seleção, no dia 10 de agosto de 2010, quando o camisa 9 marcou um dos gols na vitória por 2 a 0 – o outro foi de Neymar. Como a dinâmica do quarteto ofensivo formado por ele, Neymar, Robinho e Ganso não funcionou bem no primeiro jogo na Argentina, um dos principais recursos ofensivos foram os lançamentos longos da dupla de zagueiros para o atacante. "Até havia conversado com o Thiago Silva e o Lúcio antes. Que se o adversário estivesse muito em cima, como o meu ponto forte é a velocidade, poderiam jogar que eu tentaria segurar e esperar que os outros jogadores se aproximassem. Com certeza fiz bem esse papel. O que faltou foi o gol mesmo", conta Pato.

Para Thiago Silva, o entrosamento do Milan facilita muito na execução da jogada, uma alternativa a fortes marcações na intermediária. "É questão de espaço, de situação de jogo. Nem sempre a bola tem de passar por Ganso, Ramires e Lucas [no meio de campo]. Quando não há espaço, nesses dois anos de Milan com o Pato aprendi muito. Quando ele balança a cabeça já sei para onde vai. Nosso entrosamento é muito grande. Pode ter certeza que o lançamento não acontece por acaso. Tenho certeza que podemos fazer essa jogada, e que se no momento certo a bola passar pelo Ganso, vai colocar o Pato na cara do gol", afirma o zagueiro.