Cercado de pressão desde que chegou ao Paraná Clube, o técnico Paulo Comelli começa a curtir o resultado de muito trabalho. Após a vitória de 2 a 1 sobre o Gama, o comandante paranista não escondeu que tirou um peso dos ombros, porém ainda crê que faltam mais três pontos para o Tricolor não temer mais o risco de rebaixamento para a Série C. Apenas depois disso ele vai aceitar negociar a sua permanência para a próxima temporada.

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"Desde que chegamos, sempre estivemos com a faca no pescoço. Esta foi uma vitória de suma importância, ainda mais neste momento. Primeiramente temos que assegurar a nossa permanência na Série B para 2009, e nas minhas contas faltam três pontos. Não acertarei nada antes disto. Tenho interesse em ficar, e no momento em que ficarmos livres vamos sentar e conversar. Faltam três partidas, duas delas em casa, então esperamos definir a nossa situação dentro de campo o quanto antes", afirmou Comelli depois da partida.

Além de salvar o Paraná do temido rebaixamento na Segunda Divisão, Paulo Comelli vê a importância da equipe não cair para a sua própria carreira. "Nunca cai com equipe nenhuma até hoje, em 18 anos como técnico de futebol. Cair pela primeira vez, com um time da capital, suja a carreira de qualquer treinador. Assim, nos comprometemos de todas as maneiras. Só eu sei o que estou passando, nos bastidores e fora de campo. Mas no final sei que tudo dará certo".

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Paulo Comelli garantiu ainda que o pacto feito pela comissão técnica e o elenco será mantido até a última partida da Série B. "Considero o fim desta agonia como um título para nós. Fizemos uma reunião com todos, e mostramos que muitos funcionários dependem do time ir bem em campo. Falamos da necessidade de todos se doarem 24 horas, esquecer a família também. Era o único jeito de tirar a equipe do rebaixamento. Por isso não aceitei o atraso do Marcelo Ramos, é preciso estar comprometido", explicou, citando o afastamento do zagueiro.

Sobrou tempo ainda para o técnico falar da vitória do Paraná sobre o Gama. "Pegamos um time desesperado, em um jogo que precisávamos fazer um gol, jogando no erro do adversário. Marcamos, mas cometemos um pênalti e depois o Pituca foi expulso. Naquele momento a nossa chance de somar três pontos veio abaixo, passamos um sufoco no fim, mas Deus nos iluminou e o Fabrício conseguiu converter o pênalti. É o resultado que nos dá um alívio muito grande", finalizou.