Anunciado como novo técnico da seleção brasileira na última segunda-feira, o ex-jogador Dunga, pela lei, não poderia assumir o cargo mais desejado do país.
Segundo duas leis trabalhistas, uma de 1993 e outra de 1998, a profissão só pode ser exercida por quem seja formado em educação física ou que tenha feito algum curso específico de formação de técnico. E o tetracampeão não se inclui em nenhum dos dois casos, como ele mesmo confirma:
"Não tenho formação em treinador. Estava programado para fazer um curso agora no fim de julho, mas com o convite da CBF, não terei tempo. Pretendo me especializar futuramente", explicou Dunga.
Para Alfredo Sampaio, técnico de futebol e presidente do Sindicato dos Jogadores do Rio de Janeiro, a escolha de Dunga prejudica profissionais formados na área.
"Não é nada contra o Dunga, mas sim contra a situação. Uma coisa é ser jogador e outra é ser treinador. É uma falta de respeito com outros profissionais da área. Se o Sindicato de treinadores ou o Conselho Regional de Educação Física quiserem tomar alguma medida eles poderão fazer", afirma Sampaio que, no entanto, alerta para um forma de se driblar a lei.
"Por exemplo. Em uma partida oficial, o Preparador físico do Dunga na seleção assinaria a súmula como técnico e aí não haveria problema algum", revela.
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