Sem Marcelinho, Coritiba aposta no jogo de cena para surpreender o Internacional
Marcelinho Paraíba não vai jogar pelo Coritiba, Guiñazu desfalcará o Inter. René Simões não tem dúvidas de quem sai perdendo: "O Inter ficou sem o seu motor, nós perdemos o cérebro. E para nós ajeitarmos isto é um pouco mais complicado."
Porto Alegre - Um é mais agitado, prefere frases trabalhadas e de efeito. O outro, mais seco, não foge de um lugar-comum e é calmo nas entrevistas. Os dois, contudo, têm um elemento em comum essencial para suas profissões: são motivadores e contam com a confiança irrestrita de seus elencos.
Em grande parte, se deve aos técnicos René Simões e Tite, respectivamente, a condição atual de Coritiba e Internacional, que começam hoje (Porto Alegre, às 21h50) a disputar uma vaga na final da Copa do Brasil.
Seja a longo prazo, no caso do Colorado, ou curto, no do Alviverde, os dois técnicos parecem ter suas equipes na mão e, por isso, fazem acreditar que podem conseguir reverter qualquer adversidade, por maior que seja. Nos dois casos, técnicos que chegaram questionados, mas conseguiram a admiração do torcedor em pouco tempo.
No lado gaúcho, Tite sofreu com o preconceito do torcedor por ser um técnico ligado ao rival Grêmio, com quem venceu a Copa do Brasil de 2001. As mudanças começaram com o título da Copa Sul-Americana, a vitória sobre o rival por 4 a 1, no Brasileiro passado. O título estadual e a excelente campanha na temporada acabaram de vez com qualquer desconfiança que pudesse ainda restar. O que o faz pensar em coisas melhores. "Espero que seja o melhor ano de minha carreira", afirmou logo após a vitória contra o Goiás, sábado.
Já a história de René Simões com o Coxa é mais antiga. Data de meados de 2007, quando assumiu o Alviverde tendo uma medalha de prata com a seleção brasileira feminina na Olimpíada da Grécia, em 2004, como principal currículo. Mas com sua filosofia motivacional conquistou o amor do torcedor ao devolver o clube à Série A e conquistar o título da competição bem a seu estilo: uma virada nos cinco minutos finais do jogo, 3 a 2 contra o Santa Cruz, em Recife. Agora, no seu retorno, venceu o rival Atlético em plena Baixada, por 4 a 2, dando início à ressurreição coxa-branca no ano do centenário.
"Qual a diferença entre os quatro técnicos que estão na semifinal?", pergunta. "O Mano me parece que está há um ano e sete meses à frente do Corinthians, o Tite já faz quase um ano, o Dorival, cinco meses, e eu tenho 29 dias. Então, a maior dificuldade é a minha. Por isso peço aos jogadores para sempre fazermos o máximo, jogar no limite."
A doação dos atletas aos pedidos dos treinadores é outro segredo de ambos. "O professor René tem muita identificação com o clube e nos passa muita confiança. Sempre está falando sobre os adversários, nos chamando no canto para conversar e isso nos ajuda muito", conta o atacante Marcos Aurélio.
No caso do Inter, o exemplo vem do fim do treino de segunda-feira, quando os jogadores fizeram uma festa surpresa ao treinador e prometeram como presente uma vitória na partida de hoje.
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