Presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, abraça o presidente do Coritiba, Rogério Portugal Bacellar, na coletiva antes do Atletiba| Foto: Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo

Mirando alcançar o sucesso da dupla mineira Cruzeiro e Atlético-MG, atuais campeões do Brasileiro e da Copa do Brasil, respectivamente, a dupla Atletiba concedeu nesta quinta-feira (19) uma inédita coletiva de imprensa conjunta. Os presidentes Rogério Portugal Bacellar e Mario Celso Petraglia destacaram a busca pelo crescimento dos clubes em uma proporção que seria impossível atingir de maneira separada. Estavam presentes também os técnicos Marcelo Vilhena e Marquinhos Santos, além dos jogadores Matteus e Leandro Almeida.

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"Nosso futebol não é mais local ou estadual. É nacional ou internacional. Não podemos continuar com a rivalidade impedindo o nosso crescimento a nível nacional e internacional. Nos últimos anos, o futebol brasileiro tem sido de Minas. Os gaúchos sendo fortes e por que não nós? Porque somos um pouco mais autofágicos em função da nossa visão pequena. Não é crítica. Eu me incluo também. Atlético não pode ser uma ilha. Coritiba não pode ser uma ilha. Temos de estar ligados para fazer o futebol que queremos", discursou Petraglia.

Bacellar reiterou o momento de união lembrando o passado. Cenário que ele pretende resgatar, mesmo que em outros moldes. "No tempo do Roberto Gomes Pedrosa, um dos dois só jogava e outro emprestava jogador. Era normal essa integração fora de campo. Nos últimos anos, as diretorias não se entenderam por uma maneira de gerir equivocadamente e criaram um ambiente hostil fora de campo que só traz briga e agressões", disse.

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A questão da torcida também foi crucial para a reaproximação da dupla. Como ambos sofreram punições duras por causa de conflitos iniciados nas arquibancadas, Alviverde e Rubro-Negro querem dar o exemplo para evitar novos problemas.

"Se há dois clubes que pagaram pelos atos das suas torcidas organizadas, foram Coritiba e Atlético. O Atlético tem tentado administrar isso de uma forma objetivo. Temos tido diálogo com a nossa principal torcida e vedamos as outras de entrar no estádio como torcida organizada, mas não temos tido resultado. Estamos iniciando o trabalho com o apoio da mídia de conscientização. Se vamos conseguir paz absoluta, saberemos no futuro. Temos por obrigação fazer algumas coisas. Essa é a primeira", falou o presidente do Furacão.