Em nenhuma prova masculina do atletismo o Brasil tem tão pouca tradição quanto no lançamento do dardo. Até o início do ano, só uma vez um dardo lançado por um brasileiro havia alcançado mais de 80 metros. Mas, 11 anos depois de ser medalhista no Mundial Júnior, Julio Cesar Oliveira está disposto a mudar esse cenário.
Nesta sexta-feira, menos de duas semanas depois de conseguir o índice olímpico e mundial, ele faturou uma inesperada medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos, em Toronto. O brasileiro chegou a liderar a prova e fez um último lançamento digno de ganhar o ouro, que foi invalidado porque ele queimou.
Atleta de 29 anos, ele ficou longe dos 83,67m que alcançou no sábado retrasado, em um campeonato regional em São Bernardo do Campo (SP). Tivesse repetido o lançamento, ganharia ouro no Pan. O título não veio, mas Julio Cesar vai ao pódio, com 80,94m. Terá a companhia do americano Riley Dolezal (81,62m) e do tobaguiano Keshorn Walcott (83,27m).
Julio Cesar havia passado os 80 metros pela primeira vez em 2009, com 80,05m, e só neste ano voltou a quebrar tal barreira. Esta disputa é tão fraca no País que só Julio Cesar superou o baixo índice necessário para ir aos Jogos Pan-Americanos - única prova masculina em que só isso aconteceu. Desde 1932 o Brasil não disputa essa prova nos Jogos Olímpicos.
“Tomara que meu 80 (metros) vire meu antigo 70 (metros). O meu último lançamento teria sido melhor da minha vida, recorde brasileiro. Perdi o equilíbrio, foi em cima da marca, eu desequilibrei. Eu acredito que pelo lançamento que estava fazendo, que não foi tecnicamente perfeito, acho que consigo 85 (metros) esse ano ainda”, disse Julio, que no mês que vem disputa o Mundial em Pequim.
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