O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, faz ressalvas sobre a possibilidade de também emitir para Coritiba e Paraná potencial construtivo – recurso público utilizado pelo Atlético para bancar parte da obra da Arena para a Copa.
“Qualquer mudança deve ocorrer na lei. A legislação do potencial é muito clara. É um instrumento que deve ser utilizado em caráter excepcional. Temos que evitar uma guerra de torcidas, ou parece que é uma compensação permitir que um instrumento que se entende legal, mas que pode se entender como privilégio, tenha que ser estendido a outros setores”, declarou.
“Tenho responsabilidade que alguns atores nesse processo não têm”, rebate Fruet sobre novo valor da Arena
Leia a matéria completaRecentemente, o prefeito esteve com Alceni Guerra, vice-presidente do Coxa. No encontro, o alviverde apresentou projetos do clube para levantar um estádio para substituir o Couto Pereira. E uma das alternativas seria contar com o auxílio do poder público com o potencial.
“A conversa que tive com o Alceni Guerra, representando o Coritiba, é na busca de alternativas que o clube está trabalhando em novos investimentos no estádio, mas isso é uma questão interna. Não tem absolutamente nada formalizado nesse sentido”, comentou Fruet.
Originalmente, o potencial concedido ao Rubro-Negro para a obra da Baixada seria suficiente para bancar R$ 123 milhões, o equivalente a dois terços do orçamento de R$ 184,6 milhões. A obra saltou para R$ 346,2 milhões e detonou uma discussão entre Atlético, governo do Paraná e prefeitura de Curitiba.
A utilização da moeda virtual – artifício que permite construções acima da metragem definida por leis de zoneamento e uso do solo – pela dupla Paratiba foi levantada também em fevereiro, na Câmara de Vereadores.
Na oportunidade, o vereador Jorge Bernardi (PDT) defendeu que a prefeitura deveria conceder aos dois clubes o mesmo direito oferecido ao Furacão para o Mundial. De acordo com Bernardi, o benefício gerou um desequilíbrio entre os três clubes.
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