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Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, criticou a introdução do Sistema de Recuperação de Energia Cinética (Kers, na sigla em inglês) na Fórmula 1 em 2009. Segundo o dirigente, o desenvolvimento da tecnologia é muito caro e ele duvida se ela terá serventia para o desenvolvimento dos carros de rua.

As equipes da Fórmula 1 serão liberadas para usar o Kers já no início da próxima temporada. A intenção é melhorar as credenciais ambientais da categoria e ser pioneira no conceito da reutilização de energia. Mas Montezemolo é contra a mudança, principalmente por causa dos custos da novidade.

"O futuro parece bem complicado com o novo regulamento. Sentimos que a intrdoução do Kers já em 2009 será um erro e nós apoiamos a Fórmula 1 como um local para desenvolvimento de novas tecnologias. Mas esse sistema nas corridas será diferente do usado futuramente nos carros de passeio. Os custos são proibitivos e estudamos propostas com as equipes para cortar gastos", diz Montezemolo, em entrevista à revista italiana "Autosprint".

Para Montezemolo, algumas iniciativas das equipes já surtirão efeitos nos cortes de custos para 2009. Segundo o dirigente, só com a adoção do motor para três corridas, o gasto cairá pela metade neste quesito.

"O motor para três corridas a € 10 milhões já significa o corte da metade dos custos comparado a 2008. Em 2011, chegaremos a € 5 milhões. Além disso, reduziremos os testes para 15 mil quilômetros anuais. Acho que tudo precisa obedecer ao bom senso. Nossas propostas para o ano que vem têm dois objetivos: ajudar os times menores e permitir que a Fórmula 1 continue na vanguarda da tecnologia. É impensável que grandes fabricantes de carros aceitem renomear um motor feito por outro", comenta.

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