O presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Moura, pode deixar o Centro de Orientação e Triagem (COT) do presídio do Ahú, em Curitiba, nesta quarta-feira. Preso desde o dia 13 de março acusado de falsidade ideológica, formação de quadrilha e sonegação fiscal, Moura vive a expectativa de finalmente ver o seu pedido de habeas-corpus na pauta de julgamentos do Superior Tribunal Federal, no Rio Grande do Sul.

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O advogado de Moura, Vinicius Gasperim, explica que o julgamento já deveria ter acontecido. "Era para ter acontecido há duas semanas, mas o pedido não entrou na pauta antes porque faltaram alguns documentos. Conseguimos reunir estes documentos e esperamos que o pedido seja apreciado pelo STF amanhã (quarta)", afirmou.

Nesta quarta-feira Moura completa 57 dias detido. De acordo com o estatuto da Federação Paranaense de Futebol, após 60 dias de afastamento do presidente, a diretoria deve escolher um novo representante para a instituição, entre os cinco vices eleitos.

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Se ele não for solto até o sábado, Aloísio Ferreira, Jorge Dib Sobrinho, Adroaldo Mário de Araújo, Aristides Moçambani e Lino Soares Rodrigues vão se reunir para decidir qual deles irá assumir o cargo até abril de 2008. Durante a prisão de Moura, o vice Jorge Dib Sobrinho foi o que mais tempo ficou no cargo.

O jornal Gazeta do Povo publicou nesta terça trechos de uma carta escrita por Moura. Nela, entre outras coisas, o presidente alega inocência contra as acusações. "Eu poderia ficar aqui descrevendo uma centena de humilhações e constrangimentos que estou passando, mas isto é tolerável porque os outros internos também passam por isso. Só tem um detalhe que me atormenta: Eu sou inocente", escreveu.

De acordo com Gasperim, as chances de Moura ser solto são grandes. "A tendência é que o juiz conceda o habeas-corpus porque já conseguimos levantar vários documentos que provam a inocência dele. Reunimos guias e comprovantes de recolhimentos tributários, com contadores que trabalhavam para a empresa na época, com a intenção de mostrar que as acusações são infundadas", conclui.