
A oito meses da Olimpíada de Londres, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) ainda não traçou o plano de metas para a principal competição do esporte mundial.
O presidente da instituição, Carlos Arthur Nuzman, afirmou ontem, em Guadalajara, que "ainda é cedo" estimar em que posição no quadro de medalhas o Brasil pode conquistar.
Em contrapartida, já se sabe os objetivos para a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro: ficar entre os dez primeiros, plano anunciado oficialmente há um ano, durante um encontro de Nuzman com o ex-presidente Lula.
Em Pequim (2008), a França foi a 10ª colocada, com sete medalhas de ouro em um total de 40. Para atingir a meta, o Brasil teria de dar um salto de 13 posições (na última edição olímpica, ficou no 23º lugar): na China, ganhou três ouros (com César Cielo, na natação, Maurren Maggi, no salto em distância e no vôlei feminino), quatro pratas e oito bronzes, em um total de 15 pódios.
Nuzman afirmou que terá de esperar pelo menos o fim das competições em Guadalajara para fazer tal estimativa visando Londres-2012.
Apesar das diversas reclamações dos atletas em relação à organização do Pan-Americano o caso mais expressivo foi em relação ao impasse do ouro de Leonardo de Deus, na natação, que chegou a ser desclassificado por ter usado uma touca com logomarca de patrocinador , o presidente do COB fugiu do assunto: "Atleta sempre reclama. Quer sempre o melhor", respondeu.
Ele ainda afirmou que o Pan do Rio elevou o nível de qualidade da competição continental. "Aqui, em Guadalajara, seriam apenas seis instalações construídas. No fim, fizeram 23".
Quando perguntado sobre as denúncias de corrupção contra o ministro do Esporte, Orlando Silva, contemporizou: "Confio no ministro. Tenho certeza de que vai dar as explicações necessárias". Uma das principais fontes de renda do COB é o repasse de 2% do que é arrecadado na Loteria Federal. A verba vem via Ministério.
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