Pressionado pela lanterna, Atlético planeja surpreender o Flamengo e parar Adriano

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O Atlético terá um desafio a mais para conseguir pontuar no jogo de amanhã, contra o Flamengo, no Maracanã. O Rubro-Negro precisará parar o atacante Adriano. A nova estrela do Mengão estreia no Brasileirão justamente contra o Furacão.

A ideia dos atleticanos é não dar muito espaço e também impedir que o Imperador use o corpo para deslocar seus marcadores. O centroavante rival, mesmo aparentemente fora de forma, desperta muito respeito no CT do Caju.

"Também falavam que o Ronaldo estava fora de forma e olhe como ele tem feito gols", avisa o volante Rafael Miranda. "Temos de cuidar da perna esquerda dele e não deixar usar o seu forte que é o corpo", receita Miranda para os zagueiros Rhodolfo, Antônio Carlos e Chico.

O sistema de marcação em cima do camisa 9 adversário não terá um defensor específico nessa função. Antônio ficará na sobra e para o lado que Adriano cair, receberá o combate de Rhodolfo (atua do lado direito da defesa) ou Chico. Nas bolas paradas, brigar com o Imperador será função de Rhodolfo.

"Eu estou mais preocupado com o Flamengo como um todo. O Adriano fez muita coisa para merecer o apelido de Imperador, mas nós precisamos ganhar a primeira no campeonato. Essa situação está incomodando", afirma o capitão Antônio Carlos.

A opinião do camisa 5 reflete a necessidade de um time que em três rodadas perdeu duas partidas em casa (Vitória e Náutico) e conseguiu apenas um ponto contra o São Paulo, fora. Mesmo que enfrente uma estrela como Adriano, os atleticanos sabem que chegam à terceira rodada na lanterna.

"Ele usa demais o corpo, tem presença no jogo aéreo e chuta muito forte. Não podemos dar a referência para ele", atesta o técnico Geninho. "Como está parado há algum tempo (não joga há quase dois meses), não creio que venha com o ritmo todo", pondera o treinador.

No Rio de Janeiro, o técnico flamenguista Cuca deixou para hoje a definição sobre a participação de seu principal astro desde o início do jogo ou entrando no decorrer da partida. De uma ou outra forma, ele vai jogar.

"Respeitamos muito esse jogador, mas temos de ir lá e jogar", reitera Antônio Carlos, alertando para que o respeito e a satisfação de atuar frente a uma estrela não transformem-se em temor e nem desculpa para um eventual revés.