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Kimi Raikkonen e Fernando Alonso, vencedores dos três últimos Mundiais da Fórmula 1, apóiam a idéia de chamar ex-pilotos para atuarem como comissários auxiliares nas corridas.

A série de penalidades imposta aos pilotos no GP do Japão, no domingo, foi a gota d'água para que surgissem apelos pela reformulação da autoridade nas provas.

Alonso, da Renault, e Raikkonen, da Ferrari, disseram em entrevista coletiva na quinta-feira, preparando-se para o GP da China, que o mais importante seria adotar as mesmas penalidades para infrações iguais.

"Acho uma boa idéia ter um ex-piloto para ajudar, porque às vezes, nas decisões que eles tomam, é difícil saber de fora se você nunca guiou um carro de Fórmula 1", disse Alonso, campeão em 2005 e 2006.

"O que ajudaria os pilotos seria uma consistência nas penalidades - se uma vez você faz algo e é penalizado, não é possível que da próxima vez você faça a mesma coisa e não receba penalidade. Pedimos um pouco mais de consistência com as penalidades, mesmo que sejam muito duras ou não."

Raikkonen, atual campeão da F1, disse que, com qualquer sistema de comissários, não se pode instituir um debate no esporte sobre a justiça de se punir ou não uma ultrapassagem.

"Sempre há muitas opiniões diferentes dos mesmos incidentes, então sempre haverá uma conversa sobre penalidades", disse o finlandês. "Deixaria todos felizes se toda vez houvesse a mesma decisão. Talvez se houvesse um velho piloto eles teriam algum respeito, e talvez as pessoas não se queixassem tanto."

Na semana passada, em Fuji, os dois principais rivais na disputa pelo título, Lewis Hamilton e Felipe Massa, foram punidos com uma passagem obrigatória pelos boxes devido a incidentes na corrida. Depois da prova, Sebastien Bourdais, da Toro Rosso, sofreu uma penalidade de 25 segundos sobre o seu tempo final, o que o rebaixou da sexta para a décima colocação.

A idéia de envolver ex-pilotos nas corridas já foi cogitada antes e não deve receber maior atenção da Federação Internacional do Automobilismo (FIA). No mês passado, o presidente da entidade, Max Mosley, disse à Reuters que considerava a proposta "uma ótima porcaria".

"A gente teria de encontrar um piloto que não tivesse tido uma ligação realmente grande com uma ou mais equipes. Mas, além disso, acho que seriam as últimas pessoas adequadas. O que a gente precisa é de juízes calmos e independentes, que examinem todos os fatos e então tomem uma decisão. Não é preciso nenhum conhecimento de especialista, é preciso apenas conhecer as regras."

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