Rafael Moura quer o time jogando como nas rodadas finais do Paranaense para surpreender o São Paulo| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

Tricolor tenta engrenar e convencer

É o primeiro jogo do resto da temporada. O São Paulo ainda não apresentou, em 2009, o futebol eficiente que o levou ao título do Campeonato Brasileiro no ano passado. Prestes a disputar seu primeiro confronto de mata-mata na Libertadores, o time de Muricy Ramalho tenta engrenar diante do Atlético.

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Furacão estreia Rafael Miranda

A estreia do volante Rafael Miranda é a principal atração do Atlético, hoje, contra o São Paulo, no Morumbi. O jogador de 24 anos chegou na terça-feira ao CT do Caju e ganhou do técnico Geninho a missão de ser um marcador "mais experiente".

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O cenário não poderia ser mais assustador para o torcedor do Atlético. Com um time jovem e questionado, o Rubro-Negro encara o poderoso São Paulo, às 16 horas, no Morumbi.

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A dificuldade deve ser redobrada após a estreia no Brasileiro com derrota em casa (2 a 0 no domingo passado) para o Vitória. O pior é que os são-paulinos, tricampeões nacionais, também começaram perdendo (1 a 0 para o Fluminense, no Rio) e agora vão com tudo para cima do Rubro-Negro.

Após o revés na primeira rodada, a mobilização do Tricolor pela recuperação começou durante a semana. Muricy Ramalho fez longas reuniões em que exigiu um melhor desempenho de sua equipe.

Para dificultar ainda mais a situação, o primeiro jogo dos paulistas pelas quartas de final da Libertadores, frente ao Cruzeiro, será só no dia 27. Ou seja, o Furacão irá enfrentar um adversário sem ninguém poupado.

"É um dos postulantes ao título que perdeu no primeiro jogo. Então sabemos que virão com tudo para cima da gente tentando a recuperação", avisa o técnico Geninho. "Se não fosse o São Paulo, seria um outro time poderoso como o Cruzeiro, por exemplo. No Brasileiro, sempre estamos enfrentando essas equipes", minimiza o capitão Antônio Carlos.

Se depender do histórico jogando no Estádio Cícero Pompeu de Toledo, os atleticanos não têm como ficar otimistas. A última vitória contra os donos do Morumbi na capital paulista foi em 1983 (1 a 0, gol de Assis, que valeu vaga na semifinal do Nacional). De lá para cá, 14 jogos, 11 derrotas e 3 empates – veja tabela nesta página. "Temos de estar muito bem postados e mostrando o mesmo futebol aguerrido e unido dos últimos jogos do Paranaense. Se nós não jogarmos assim, as coisas ficam bem mais complicadas", alerta o centroavante Rafael Moura, autor de 17 gols na temporada, mas que ainda busca balançar a rede pela primeira vez no Brasileirão.

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Após a rodada inicial do torneio, a realidade atleticana em campo e fora dele passou a preocupar. Ao mesmo tempo em que não mostrou força para bater o Leão baiano, mesmo jogando na Arena, o Rubro-Negro não consegue reforçar a equipe. Falta dinheiro para investir em nomes conhecidos.

A saída é acreditar nas categorias de base. Ao todo, sete vice-campeões da Copa São Paulo, em janeiro, estão treinando no grupo principal. O lateral-direito Raul é titular absoluto. Para o ataque, Patrick, 18 anos, e Marcelo, 17, são as únicas opções de banco para suprir uma eventual ausência dos titulares Wallyson e Rafael Moura.

"Tenho certeza de que essa garotada vai dar a resposta. Claro, é preciso paciência", pede Geninho, ainda na espera por contratações para os próximos jogos, por que, para hoje, a aposta é em uma surpresa contra um oponente mais do que favorito.