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Paredão cubano

Com 12 pontos de bloqueio (como este do muro formado por Leal, Simon e Sanchez), Cuba levou a melhor no duelo de abertura da fase final da Liga Mundial. Derrotou a Argentina por 3 sets a 1, ontem, em Belgrado, parciais de 25/22, 22/25, 26/24 e 26/24. O maior pontuador foi Wilfredo Leon, de apenas 15 anos, com 24 bolas indefensáveis (quase o equivalente a um set inteiro).

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A seleção masculina de vôlei a­­-presentará um novo cartão de visitas na reta final da Liga Mun­dial. Conhecida pela habilidade dos seus atacantes, a equipe revelará outro perfil na fase decisiva. Entre os finalistas, o renovado ti­­me brasileiro lidera as estatísticas oficiais na defesa e aparece bem na re­­cep­ção e levantamento. Qua­­lidades responsáveis por garantir a melhor campanha da fase classificatória, com apenas uma derrota em 12 jogos, e que serão colocadas à prova a partir de hoje.

Pelo Grupo F, o Brasil enfrenta Cuba, às 12h30 (de Brasília), em Bel­grado. Amanhã, os adversários se­rão os argentinos. No Grupo E estão Sérvia, Estados Unidos e Rús­sia. Os dois melhores de cada chave chegam à semifinal, no sábado. A final ocorre no domingo.

Dos 14 brasileiros convocados, apenas 5 já disputaram uma final de Liga: Giba, Rodrigão, Serginho, Murilo e Bruno. A nova seleção cres­­ceu e rejuvenesceu após a O­lim­­píada de Pequim 2008. A altura média aumentou de 1,94 m para 1,97 m e a idade diminuiu de 29,3 anos para 26,5 anos.

Com a reformulação veio o no­vo retrato. O Brasil passou a liderar as estatísticas defensivas com 9,93 de média de eficiência no fundamento por set. No saque e no bloqueio, a equipe está na segunda colocação. No saque, tem média de 1,29 de ace por set, atrás apenas de Cuba (1,30). No bloqueio a liderança é da Sérvia, com 3,47 de média, seguida pela seleção, com 3,24.

O Brasil também está bem colocado no levantamento. É o segundo mais eficiente (8,51 de média de acertos), atrás da Finlândia (8,91). Na recepção, os brasileiros ocupam a quarta colocação, com 47,69% de eficiência. A Po­­lônia é a primeira, com 51,80%.

"Na seleção, temos de mostrar evolução a cada momento, ainda mais em uma fase final. Fico feliz com esse dado e isso só me dá mais forças para trabalhar mais", co­­mentou Bruno, segundo melhor levantador na Liga. Outros postos de destaques nas estatísticas foram ocupados por veteranos. Rodrigão foi refe­rên­­cia no bloqueio; Serginho, na defesa e recepção; e Murilo, no sa­­que. Entre os mais jovens, Lucas mostrou bom rendimento no saque.

Apesar de desconsiderar os números, Bernardinho reconhece o novo perfil da equipe como resultado de um trabalho conjunto. "É importante sabermos esses dados, mas isso só nos estimula a melhorar cada vez mais. É importante ressaltar que, para irmos bem em um fundamento, dependemos do outro. Para um bom levantamento é preciso que haja uma boa defesa ou recepção", avaliou.

No ataque, o Brasil está apenas na quinta colocação, com 49,14% de eficiência. Situação com boas chances de mu­­dar até a decisão.

"Daqui até do­­min­­go é apneia. Não podemos parar para respirar. Temos de nos dedicar ao má­­ximo e crescer a cada dia, a cada treino. Nessa hora é que precisamos dar toda a nossa força para conquistar mais um título", afirma o paranaense Giba, ansioso com a estreia. "Mesmo com tantos anos de quadra ainda sinto aquele frio na barriga, o que é ótimo, pois, do contrário, já teria parado de jogar", garante.

Ao vivo

Brasil x Cuba, às 12h30, no SporTV

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