Não foi fácil para o técnico Roberto Cavalo voltar do vestiário para mais uma coletiva na Vila Capanema. O seu time, o Paraná Clube, voltou a perder dentro de casa, desta vez por 2 a 0 para a Portuguesa, com falhas defensivas e ofensivas já conhecidas do torcedor tricolor. Sem muitas explicações para o porquê da equipe não engrenar, o treinador se eximiu e criticou abertamente o elenco que tem em mãos.
"Estamos treinando e vemos, por exemplo, dificuldade nas finalizações. Temos que dar moral, apoiar. É o que temos até o final da competição, é com eles que seguiremos com dificuldade até o fim. Será assim aqui no Paraná", declarou. O ataque foi o mais criticado. "O Wellington Silva não foi artilheiro por onde passou, da mesma forma o Adriano. Eles têm dificuldades, mas dentro de casa estamos entrando pressionados, com um bicho papão na cabeça", completou Cavalo.
Não bastasse isso, o técnico do Paraná procurou minimizar os erros do seu time para valorizar muito o time da Lusa.
"Falei durante a semana que a Portuguesa no papel é muito superior ao Paraná, eles estão mostrando isso em campo. Pega o Zé Carlos, ele marca os gols, protege bem a bola, consegue dominar todas, o Marco Antônio e o Preto pelo meio, o Fellype Gabriel, enfim, do meio para frente eles são bem superiores. Já nós temos o Davi, desgastado e machucado, que não consegue treinar. Ele tentou, não temos outro jogador com estas características, falei que o Rafinha faria falta e fez".
Na sua análise particular, Roberto Cavalo ainda elogiou o sistema defensivo tricolor ("a retaguarda é boa, hoje não conseguimos neutralizar um ataque superior e também pecamos no entrosamento") e deixou praticamente descartada a chance de apostar em garotos neste momento.
"Já foi conversado isso, mas no momento puxar um garoto para resolver o problema seria um risco, poderíamos colocar uma carreira por água abaixo. Se os experientes estão sentindo, imaginem garotos...", opinou. A exceção será o atacante Igor, que será observado no jogo treino contra o Joinville, neste fim de semana.
Por fim, tendo o Atlético-GO pela frente no próximo sábado, novamente na Vila, o técnico paranista ainda tentará achar algum otimismo na base da conversa e do trabalho.
"Temos que manter o grupo de cabeça erguida porque teremos um time ainda mais difícil pela frente, que virá como um franco atirador. Vamos conversar, trabalhar, a torcida está apoiando e não merece este sofrimento, mas estamos com dificuldade aqui dentro. Temos que voltar a vencer e não deixar para o final", finalizou.
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