Rio - Teve de tudo no duelo de tricolores: gol de goleiro, belas defesas e pênalti perdido. Foi o jogo de Rogério Ceni, que marcou de falta, fez grandes defesas e evitou a derrota no Rio. No fim, um 2 a 2 justo, bem melhor para o time de Muricy Ramalho, que se mantém na liderança, mas viu a diferença para o Corinthians diminuir de cinco para três pontos.
O interino Sérgio Baresi mudou a maneira de o São Paulo atuar. O time do Morumbi foi escalado no 3-4-3, repetindo o ataque do último jogo, com Marcelinho pela direita, Fernandinho pela esquerda e Fernandão pelo meio.
A nova formação são-paulina, no entanto, foi surpreendida logo aos 9/1º. O lateral esquerdo Júlio César invadiu a grande área e, na saída de Rogério Ceni, tocou a bola para trás. Deco aproveitou e abriu o placar.
Após o gol sofrido, o São Paulo passou a ser mais eficaz na marcação e ficava mais com a bola. Aos 34/1º, Rogério Ceni cobrou falta e marcou o 90.º gol de sua carreira.
A virada aconteceu no ataque seguinte. Após lançamento de Richarlyson, Fernandão aproveitou falha do goleiro Fernando Henrique e cabeceou para o gol vazio.
No segundo tempo, aos 14 minutos, o Fluminense empatou com gol de cabeça do zagueiro Leandro Euzébio.
Se não conseguiu evitar o empate carioca, Ceni impediu a derrota são-paulina no Maracanã, quando o árbitro gaúcho Leandro Vuaden assinalou pênalti em um lance em que a bola bateu no braço de Richarlyson. Washington bateu e Ceni pegou. "Sinto-me responsável. Perdemos pontos importantes na luta pela liderança. Mas o Rogério Ceni foi muito bem", reconheceu o atacante.
Ao fim do jogo, Richarlyson revelou um diálogo com o árbitro da partida após a marcação do pênalti. "Depois que o Rogério pegou, o Vuaden me pediu desculpas e disse que interpretou o lance equivocadamente. Foi bola na mão." O camisa 1 são-paulino também desabafou. Disse que o seu time paga um preço caro pelo sucesso dos últimos anos e insinuou má-fé das arbitragens.
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