Fernando Alonso vem demonstrando em 2012 o merecimento da conquista de mais um título em sua carreira. A cada prova que passa, a chamada "sorte de campeão" fica ainda mais evidente ao seu lado. Depois de uma sequência de três vitórias da McLaren e a ascensão de Lewis Hamilton no campeonato em Monza (onde venceu e virou vice-líder), tudo indicava que o GP de Cingapura tornaria o duelo com Alonso ainda mais intenso.
Partindo da pole position, o inglês não tinha rival a sua altura nas ruas de Cingapura até ser traído por uma falha mecânica. Que, além de lhe tirar os 25 pontos da vitória, ainda ajudou Alonso a subir no pódio, contando também com o abandono de outro destaque da prova até então, Pastor Maldonado. Sebastian Vettel venceu e voltou a ser vice-líder, numa vaga que vem sendo constantemente trocada de dono (lá na ponta, o lugar é cativo do espanhol da Ferrari).
Dá para arriscar uma briga de Vettel x Alonso daqui para frente? Claro que a disputa será intensa, mas o problema não é a distância de 29 pontos entre eles na tabela. É que, em termos técnicos, a Red Bull não tem a mesma superioridade dos dois anos anteriores e, por isso, não leva vantagem sobre a Ferrari de Alonso. Mesmo sem a vitória na corrida de ontem, a McLaren continua mostrando que tem o melhor carro da temporada. O problema é que Hamilton agora está a 52 pontos de Alonso, atrás até mesmo de Kimi Raikkonen (o piloto da Lotus Renault, no entanto, dificilmente terá fôlego para se manter na briga pelo título até a última corrida. Seu ótimo rendimento, aliás, já é uma das gratas surpresas da temporada 2012).
Outro fator preocupante para as pretensões de Hamilton e da McLaren é a confiabilidade do time inglês, que tem sido abaixo de seus rivais nos últimos GPs. Para que a disputa do Mundial siga acirrada, a esperança é que a sequência de corridas na Ásia (iniciada em Cingapura e que segue com Japão, Coréia, Índia e Abu Dhabi) traga mais componentes de surpresas. O GP dos EUA, em um circuito totalmente novo, e a prova final, em Interlagos, devem ser ainda mais imprevisíveis. Só que, quanto mais inusitado um GP, mais sorte o piloto precisa ter. E, por enquanto, o campeão neste quesito é mesmo Fernando Alonso.
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