O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schimitt, acredita que até 27 de dezembro haja um desfecho do tapetão envolvendo a Portuguesa, que escalou irregularmente o meia Héverton na última rodada do Brasileirão. Com isso, será definido quem são os rebaixados à Série B, ou seja, se o Fluminense se mantém na Primeira Divisão com a perda de pontos da equipe paulista. A previsão inclui a análise dos recursos do julgamento, que acontece na próxima segunda-feira (16).
"É rotina do tribunal julgar às sextas-feiras e aplicar punições que são cumpridas no final de semana, a não ser que o atleta esteja acobertado por efeito suspensivo ou outro recurso", disse.
Schmitt criticou a postura da Lusa no caso. "O que me causa estranheza é a desinformação. Temos esse fantasma de tapetão e virada de mesa, mas só acontece quando há uma canetada ou se entra pela porta dos fundos. Estamos cumprindo a legislação desportiva. O problema criado é da Portuguesa, não do STJD."
A Portuguesa vai usar dois argumentos para justificar a escalação de Héverton no último jogo do Campeonato Brasileiro e com isso tentar evitar a punição da perda de quatro pontos e o rebaixamento. O primeiro é provar não ter sido informada de que a punição do jogador seria de dois jogos e não de um - que ele já havia cumprido. O segundo é uma dupla interpretação do artigo 43 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) que aborda o início de uma punição.
A comissão técnica e os jogadores, inclusive Héverton, afirmam que não foram informados pela diretoria de um julgamento, muito menos da condenação de dois jogos.
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