Galatto e Eduardo Bahia, durante treino no CT do Caju| Foto: Divulgação / CAP

Treinador de goleiros sonha alto

No Atlético deste junho deste ano, Eduardo Bahia largou um projeto de 10 anos no Vitória da Bahia para assumir outro, que segundo ele, pode ser tão ou mais longo que o anterior. "Eu fui o primeiro preparador de goleiros do Vitória. Conseguimos, nestes dez anos, um trabalho muito bom. Meu objetivo era colocar um goleiro nordestino na seleção brasileiro e conseguimos o objetivo em todas as equipes de base, até levar o Dida para três Copas do Mundo", diz Bahia, com orgulho.

Seu projeto à frente da equipe de treinadores de goleiros do Atlético é ousado. Para Bahia, o time pode, muito em breve, oferecer um goleiro para a seleção brasileira. "Sem dúvidas esse é o meu projeto pessoal, mas dentro dos objetivos coletivos, ainda queremos evitar o rebaixamento do Atlético e conquistar títulos ano que vem".

Questionado se Galatto seria esse goleiro, Bahia cravou. "Pode ser, com certeza. Ele, assim como o Vinícius, é um grande profissional e tem muita qualidade técnica. Com 25 anos, é um goleiro maduro e preparado". Entre os goleiros do elenco atleticano, Bahia projeta três candidatos a ídolo. "O Atlético é um clube formador e tenho certeza que em breve Renan Rocha, João Carlos e Neto podem pintar no time principal e certamente serão ídolos da torcida atleticana". (ELK)

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O Atlético Paranaense não é uma das defesas menos vazadas do Campeonato Brasileiro (levou 49 gols em 36 jogos) – fruto de um primeiro turno ruim, que comprometeu a campanha do time em todo o campeonato –, mas é justamente o líder deste sistema defensivo quem tem se destacado. Galatto chegou ao Furacão no começo do ano e teve que amargar quase o primeiro semestre todo na reserva. Porém, quando assumiu a camisa 1 de titular, não largou mais.

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Os méritos desse bom desempenho são do próprio goleiro, garante o preparador de goleiros do Furacão, Eduardo Andrade Bahia. "O Galatto é um excelente profissional na mais completa acepção da palavra, dentro e fora do gramado. Esse desempenho acima da média que ele vem tendo é fruto da sua dedicação como profissional", disse, por telefone, à Gazeta do Povo Online.

Nos últimos seis jogos em que esteve em campo, Galatto levou sete gols. Embora o desempenho não pareça muito bom (na média um gol por jogo), quem assistiu aos jogos do Atlético pôde ver o quão essencial foi o goleiro atleticano. No jogo contra o Botafogo, só para exemplificar, Galatto fez pelo menos duas defesas fundamentais. A 1ª no arremate de Eduardo (42 minutos do 1º tempo) e a segunda na cabeçada de Lúcio Flávio (aos 44).

O crescimento de Galatto, segundo Eduardo Bahia, se deve também ao fato de Geninho ser uma presença constante nos trabalhos do grupo, que normalmente são isolados por ter um treinador específico para ele. "Com a chegada do Geninho, o time todo melhorou. Mas como ele foi goleiro e é um especialista na área, passou mais informações e toques especiais".

Apesar de estar cansado de falar sobre o assunto – "Não me pergunte sobre a Batalha dos Aflitos", brincou Bahia – o jogo contra o Náutico e o seguinte, contra o Flamengo, merecem uma atenção especial de todos no clube. "Eu não entro nessa parte de psicologia. Tem gente muito competente aqui no Atlético para isso. Eu trabalho com informações e dados técnicos sobre o adversário. Conversamos sobre isso e só peço para ele controlar a ansiedade e o equilíbrio, coisa que ele tem feito muito bem".

O próprio Galatto assina embaixo das palavras de Bahia. "Entrarei concentrado como sempre faço. Vamos ver como vai ser a recepção, mas temos que estar preparados para tudo e entrar focado ajudar o Atlético. Sabemos das dificuldades de jogar lá. Mas acreditamos que será um jogo disputado e de marcação".

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