Suspensos
O zagueiro Manoel e o volante Deivid receberam o terceiro cartão amarelo na partida de ontem e não enfrentam o ASA na sexta-feira, às 21h50, em Arapiraca. O técnico Ricardo Drubscky não antecipou as mudanças, mas deve colocar Luiz Alberto e Derley, respectivamente, na equipe. Outro possível desfalque é o lateral-esquerdo Pedro Botelho, com dores no tornozelo.
O jogo
O Atlético começou muito mal e acabou sendo premiado com um pênalti em Marcelo, que Elias cobrou e marcou. Na segunda etapa, até melhorou, mas o América foi para cima e empatou. O Furacão não teve forças para reagir.
Vestário
Atlético espera por um ASA estimulado em Arapiraca
O Atlético espera dificuldades no jogo que tem contra o ASA na sexta-feira, em Arapiraca, às 21h50. O adversário pode não ter mais pretensões no campeonato, mas o zagueiro Manoel e o técnico Ricardo Drubscky preveem uma "vontade extra" dos jogadores da equipe alagoana. Tudo por causa de um possível incentivo financeiro dos rivais para que o time alagoano dificulte a vida do Furacão.
"Esse jogo é o mais importante para nós e com certeza vai ter mala branca", cravou o defensor, que tentou desconversar após a declaração. "É normal no final dos campeonatos jogarem mais para aparecer e conseguir bons contratos", emendou.
A opinião, apesar de mais discreta e sem citar "mala branca", é compartilhada por Drubscky. "Vai ter estímulo para eles buscarem o resultado. Mas nós também temos o estímulo de conseguir o acesso. Sabemos que será difícil, num estádio com iluminação ruim, mas somos guerreiros", comentou o treinador.
O Atlético parecia ter tudo sob controle após vencer fora de casa o São Caetano no sábado e abrir quatro pontos para o rival, concorrente direto na briga pelo acesso à Primeira Divisão. Três dias depois, porém, tudo mudou. O Furacão enroscou no América-RN, time sem qualquer pretensão nessa reta final de Série B empate por 1 a 1, ontem. no Ecoestádio.
Se não bastasse, o dia de notícias ruins foi fechado com o triunfo do Azulão sobre o Criciúma em Santa Catarina por 2 a 0. Ou seja, a distância para o time paulista caiu para apenas dois pontos. Mesmo assim, o Rubro-Negro segue dependendo só de si a três rodadas do para o fim do Brasileiro.
Mas, para isso, o time de Ricardo Drubscky se viu obrigado a vencer o ASA na sexta-feira, em Arapiraca, para, no mínimo, manter a vantagem o Atlético perdeu a oportunidade de antecipar o acesso em caso de triunfo no Nordeste.
Depois do jogo e ainda antes de saber como seria o desempenho do São Caetano , os jogadores e o técnico Ricardo Drubscky tentaram explicar mais um tropeço contra times do meio da tabela. Esse, aliás, tem sido o calcanhar de Aquiles do Atlético na Segundona. Só nesse segundo turno, perdeu para Bragantino, no interior paulista, e empatou em casa com Ipatinga, Guarani e agora o América-RN. Pontos deixados para trás que já poderiam ter garantido o acesso.
Entre as explicações, o treinador garante que não existiu soberba por parte dos atletas. "Esse grupo não tem salto alto. Eles são humildes até demais", defendeu Drubscky. Apesar de rechaçar qualquer "já-ganhou", o atacante Marcelo reconheceu que a pressão por uma vitória, especialmente vindo das arquibancadas, foi determinante para o insucesso. "Tentamos a todo momento, mas a ansiedade e a cobrança da torcida atrapalharam um pouco. Mesmo assim, não podemos tropeçar em casa", reclamou.
O técnico creditou em parte o empate ao cansaço físico e à postura defensiva do time do Rio Grande do Norte. Mas não deixou de olhar para os problemas internos da equipe. "Não vou citar nomes, mas alguns não estiveram no mesmo nível de outros jogos. Tanto foi assim que não foi fácil fazer alterações porque vários poderiam ser substituídos", analisou.
A cobrança, segundo o comandante rubro-negro, foi feita logo após a partida, ainda no vestiário. Ambiente que, nas palavras de Drubscky, estava "muito triste", porém sem desespero. "Hoje [ontem] é para estar triste. Mas agora vamos nos recuperar e buscar a vitória fora de casa. Tenho convicção de que vamos subir", arrematou.
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