Uma pesquisa da universidade de Pretória, na África do Sul, alerta para os riscos à saúde provocados pela exposição às vuvuzelas em estádios lotados. Uma equipe do departamento de patologia mediu o nível de ruído durante jogos da primeira divisão sul-africana que tiveram cerca de 30 mil espectadores. Os picos chegaram aos 140 decibéis, e a média durante duas horas ficou acima dos 100.
"O volume dos picos é maior do que em obras da construção civil. E a média supera a de minas, que é de 85 decibéis", explicou o professor De Wet Swanepoel.
Ele diz que não é recomendável ficar exposto a volumes acima de 137 decibéis sem usar protetores de ouvido. A exposição à ntensidade na casa dos 100 dB não deve exceder os 15 minutos.
A estudo chega depois que o técnico Carlos Alberto Parreira exortou os torcedores da África do Sul a soprarem suas vuvuzelas "o mais alto possível" na partida de abertura da Copa do Mundo, contra o México. O público esperado é de 90 mil pessoas.
De acordo com artigo recentemente publicado no Medical Journal da África do Sul, ninguém, em um raio de até dois metros de distância da vuvuzela, deve ficar continuamente exposto ao som do instrumento por mais de um minuto.
A lei de segurança no trabalho do país estabelece que empregados ou outras pessoas expostas a um nível de ruído na casa dos 85 decibéis devem receber algum tipo de proteção.
"A vuvuzela tem status de ícone e deve ser mantida como parte da cultura futebolística da África do Sul, mas medidas para proteger os torcedores devem ser prioritárias", alertou Swanepoel.
O chefe do comitê organizador, Danny Jordaan, anunciou no mês passado que as vuvuzelas serão permitidas durante os jogos da Copa do Mundo.
"Ela deve ser usada e permitida, mas como um instrumento amigável, não como uma arma", comparou Jordaan.
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