Quem mora ou circula pela região da Linha Verde tem visto a via se transformar nos últimos anos. Antigo trecho rodoviário dentro de Curitiba, o endereço – inaugurado em 2008 – passa por um processo de urbanização que tem atraído investimentos imobiliários e modificado o cenário da região.
Sustentabilidade
A prefeitura de Curitiba anunciou, em maio, um plano para tornar a Linha Verde sustentável e transformá-la em um laboratório de inovações urbanas, em parceria com universidades e empresas. O projeto prevê mais de 20 intervenções urbanas. Entre elas estão investimentos em iluminação inteligente, redes de infraestrutura de banda larga e habitações populares com painéis para a captação de energia solar.
As obras de infraestrutura e a mudança do zoneamento da via, por meio da Operação Urbana Consorciada Linha Verde, visam potencializar o adensamento e a verticalização do endereço ao longo de seus 18 quilômetros, transformando-o em um novo eixo estrutural da cidade. “A retirada do tráfego pesado de caminhões da antiga BR abriu espaço para a revitalização desta região que, até então, permanecia como uma cicatriz, dividindo a cidade ao meio”, diz Fábio Dória Scatolin, secretário de planejamento de Curitiba.
Com boa parte das obras já realizadas, o trecho sul da Linha Verde é onde mais se pode perceber os traços que deverão caracterizar o futuro da via. Ali, já estão em funcionamento as estações e faixas exclusivas para ônibus e as vias locais, que dão acesso aos primeiros empreendimentos imobiliários, prontos ou em construção, oriundos desta nova fase.
A Hafil Inc. foi uma das primeiras empresas a investir na Linha Verde e tem dois projetos na região, um comercial e outro residencial. Rubens Bocuti Junior, gestor comercial da incorporadora, afirma que a empresa acredita no potencial da via como novo eixo de desenvolvimento de Curitiba e na valorização que ela deve gerar quando os vazios urbanos forem ocupados e novos empreendimentos lançados.
Quem se desloca pela Linha Verde vê com bons olhos as mudanças estruturais do endereço, mas considera o trânsito intenso e os congestionamentos os principais problemas da via. “Melhorou bastante, mas ainda faltam trincheiras e viadutos”, avalia Laerson Gonçalves, autônomo e morador da região. Segundo o secretário, há projetos voltados à construção de trincheiras na extensão da via.
Desafio
Potencializar a venda dos Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção) é um dos principais desafios que se colocam para a consolidação da Linha Verde. Isso porque os recursos arrecadados com a comercialização dos títulos (que permitem às construtoras verticalizarem suas obras) ajudam a custear as obras de infraestrutura, retroalimentando a atratividade da via para o mercado imobiliário.
Shoppings consolidam mudança de perfil
Os projetos para a construção de três shoppings na extensão da Linha Verde são outro aspecto que ilustra o processo de revitalização pelo qual passa o endereço, que já começa a se modificar com a chegada dos condomínios residenciais e de comércios. Uma das obras mais aguardadas pelos curitibanos é a do Jockey Plaza, do Grupo Tacla, que será constru
Leia a matéria completa“Hoje, a própria lei do Cepac é uma barreira física para a cidade. Ela cria um metro quadrado caro devido à quantidade de títulos que as empresas precisam comprar para obter os benefícios, fazendo com que a conta [da incorporação] não feche. Faltou um aprofundamento e alinhamento entre as expectativas pública e privada”, avalia o arquiteto Gustavo Pinto, ex-membro do Conselho de Urbanismo da prefeitura.
Dentro desta linha, Scatolin conta que a prefeitura pretende antecipar investimentos do setor público para terminar a estrutura viária do Atuba até o Contorno Sul, acelerando o processo de valorização do “papel” e o interesse dos investidores para a região.
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