Mutação de gene pode explicar por que alguns dormem menos
A mutação de um gene poderia explicar porque algumas pessoas precisam dormir menos que outras, revela um estudo publicado nesta semana pela revista Science. Uma equipe de pesquisadores, liderada por Ying-Hui Fu, professora de neurologia da Universidade da Califórnia, descobriu durante um amplo estudo sobre o sono um gene mutante, presente em mãe e filha que precisavam dormir apenas seis horas por noite.
Londres - Os ocidentais "leem" as expressões faciais de forma diferente dos asiáticos, prestando mais atenção à boca, ao contrário dos orientais, que se focam fortemente nos olhos, aponta um estudo da Universidade de Glasgow, na Escócia, divulgado nesta semana. Essa "negligência" dos orientais em relação à boca pode levar a um número maior de erros na interpretação das emoções, afirma o estudo, apontando como sentimentos podem "se perder na tradução".
"Mostramos que ocidentais e orientais observam diferentes características do rosto para ler as expressões faciais", explica Rachael Jack, da equipe da Glasgow University. "Ocidentais olham os olhos e a boca em igual medida, enquanto os orientais favorecem os olhos e negligenciam a boca. Isso significa que os orientais têm dificuldade em distinguir expressões faciais que parecem similares e próximas à região do olho", acrescenta.
No estudo, voluntários foram convidados a olhar para fotografias de rostos com sete expressões emocionais básicas: felicidade, tristeza, raiva, repulsa, medo, surpresa e neutro. Os participantes asiáticos tiveram dificuldade em reconhecer expressões faciais de medo e repugnância, erroneamente interpretando-as como surpresa e raiva, diz a pesquisa, publicada na revista Current Biology.
"Ao contrário dos participantes ocidentais, que levaram em conta pistas de todo o rosto, os asiáticos centraram-se principalmente nos olhos, onde a informação é frequentemente semelhante demais para poder discriminar algumas expressões", relata o estudo.
O pesquisador Jack Rachael Jack diz ainda que "embora a região dos olhos seja ambígua, os indivíduos tendem a escolher as emoções socialmente menos ameaçadoras, como surpresa em vez de medo, por exemplo". "Isso talvez possa destacar as diferenças culturais no que se refere à aceitação social das emoções", acrescenta.
A pesquisa conclui que houve "diferenças de percepção genuínas entre os dois grupos analisados" e que mais pesquisas ainda devem ser realizadas. "Caso contrário, quando se trata de comunicar emoções através das culturas, ocidentais e orientais vão ficar perdidos na tradução", ressalta a publicação.
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