Fazer o mundo concordar com um novo pacto climático sob os auspícios da Organização das Nações Unidas é tão difícil quanto forçar as crianças a fazerem a lição de casa, disseram os anfitriões da conferência da ONU em Copenhague na terça-feira.
O obstáculo para um acordo unânime entre os 192 países é o interesse divergente de nações que vão de Estados insulares do Pacífico, que temem a elevação do nível das marés, a produtores da Opep, preocupados com a perda dos lucros das exportações.
"São como crianças", disse Connie Hedegaard, a ministra dinamarquesa que preside a conferência que ocorre até dia 18 de dezembro, e cujo objetivo é selar um novo pacto para combater o aquecimento terrestre.
"Se têm um prazo muito longo para entregar um exercício, eles esperarão para o último minuto... Basicamente, isso é tão simples como aquilo", disse ela, prevendo um acordo na sexta-feira para evitar ondas de calor, elevação no nível dos oceanos, deslizamentos de terra ou tempestades de areia.
"Há um ditado em inglês que diz que você consegue levar um cavalo até a fonte, mas não é capaz de fazê-lo beber", disse Yvo de Boer, chefe do Secretariado de Mudança Climática da ONU.
Ele afirmou que Hedegaard "está levando 192 cavalos à fonte" desde que as negociações começaram em Bali, na Indonésia, em dezembro de 2007. Mais de 110 líderes mundiais tentarão selar um acordo em Copenhague na sexta-feira numa cúpula de encerramento.
As conversações têm de chegar a um acordo por unanimidade - significando que todos os países têm poder de veto.
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