O advogado do marroquino Ayoub El Khazzani, acusado pelo ataque no trem de alta velocidade entre Amsterdã e Paris que feriu três pessoas na última sexta-feira, afirmou nesta quarta-feira (26) que seu cliente foi vítima de maus-tratos ao ser preso pela polícia francesa. A declaração de Mani Ayadi, que representa Khazzani desde o último sábado, sucedeu a exibição pelo canal francês “I-Télé” das imagens do jovem algemado, de olhos vendados e descalço ao chegar no Palácio de Justiça de Paris, que repercutiram na imprensa internacional.
“Acho isso escandaloso e vergonhoso. Qualquer que seja a natureza dos fatos dos quais é acusado, não se deve tratá-lo de forma desumana e degradante”, disse o advogado Mani Ayadi.
A defesa do suspeito de 25 anos protestou ainda dizendo que “deixá-lo sem sapatos não era indispensável”. Khazzani usou sapatos no tribunal, ao ter a prisão preventiva decretada e ter sido indiciado por tentativa de assassinato e associação a grupo terrorista.
Uma fonte policial disse que o tratamento recebido pelo marroquino não fugiu aos procedimentos normais das autoridades francesas.
“Todos os regulamentos foram respeitados, assim como seus direitos. No que diz respeito à transferência, os investigadores tomaram todas as precauções necessárias, o que se justifica pelo fato de se tratar de um indivíduo perigoso”, afirmou a fonte à Agência France Presse .
Trump, Milei, Bolsonaro e outros líderes da direita se unem, mas têm perfis distintos
Justiça suspende resolução pró-aborto e intima Conanda a prestar informações em 10 dias
Moraes viola a lei ao mandar Daniel Silveira de volta à cadeia, denunciam advogados
Grupos pró-liberdade de expressão se organizam contra onda de censura