O chefe da agência fiscalizadora de energia nuclear das Nações Unidas (ONU) fez um apelo pela pressão internacional conjunta sobre o Irã, que ainda se recusa a esclarecer dúvidas sobre seu programa nuclear e cooperar integralmente com as inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, sigla em inglês).
O chefe da IAEA, Yukiya Amano, disse que a agência não conseguiu eliminar a possibilidade de que o desenvolvimento nuclear do Irã estaria sendo desviado para finalidades militares, como teme o Ocidente.
Não ficou claro se Amano estava se referindo a medidas diplomáticas, sanções ou ambas, mas seu apelo é feito no momento em que as principais potências estão discutindo a possibilidade de uma quarta rodada de sanções sobre a República Islâmica por sua recusa em interromper o enriquecimento de urânio e cooperar com a IAEA.
"Sem uma mudança em política por parte do Irã, não podemos realizar nosso trabalho de forma eficaz. Um mudança em política é necessária", disse ele em entrevista ao jornal McClatchy.
"A IAEA não foi criada para mudar a política dos estados membros. Nessa questão, influência e persuasão por países interessados são necessárias. Existe um papel a ser assumido pelas Nações Unidas."
Uma "sinergia de esforços por parte do IAEA, as Nações Unidas e os países interessados" é necessária, disse Amano.
Em uma entrevista separada ao Washington Post, Amano disse que o Irã deve responder às perguntas da IAEA sobre a inteligência Ocidental indicando que o país poderia estar desenvolvendo um míssil nuclear. O Irã diz que seu desenvolvimento atômico tem somente objetivos pacíficos.
"Se as preocupações forem eliminadas, isso seria muito bom. Senão, teremos que pedir medidas para corrigir a situação."