A ex-secretária de Estado dos EUACondoleezza Rice disse neste domingo (3) a alunos de uma escola fundamental judaica que a administração de George W. Bush não fez uso de métodos ilegais de interrogatório. A afirmação foi a resposta a uma pergunta feita por Misha Lerner um aluno da 4ª série da Jewish Primary Day School, em Washington, sobre qual a opinião de Rice sobre os métodos usados pelo governo Bush para conseguir informação dos prisioneiros.

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"Deixe-me dizer que o presidente Bush deixou muito claro que ele queria fazer tudo o que pudesse para proteger o país. Após o 11 de setembro, queríamos proteger o país. Mas ele também deixou muito claro que não faria nada contra a lei ou contra as nossas obrigações internacionais. Assim, o presidente queria apenas autorizar políticas legais para proteger o país", afirmou ao aluno.

Rice disse ainda que a gestão Bush estava aterrorizada com possíveis novos ataques. "Espero que vocês entendam que foi um tempo muito difícil. Estávamos todos aterrorizados com a possibilidade de um novo ataque no país. O 11 de setembro foi o pior dia da minha vida no governo, assistir três mil americanos morrerem (...) Até mesmo sob as mais difíceis circunstâncias, o presidente não estava preparado para fazer algo ilegal, e espero que as pessoas entendam que estávamos tentando proteger o país."

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Segundo a mãe de Misha, Inna Lerner, a formulação original da pergunta era ainda mais dura: Se você trabalhasse para o governo Obama, seria a favor de tortura?

"Pediram que ele tornasse a pergunta mais leve e retirasse a palavra 'tortura'. Mas a essência permaneceu a mesma", disse a mãe.

A questão pegou a ex-secretária de Estado de surpresa, segundo a edição desta segunda do jornal "The Washington Post".

Na semana passada, ela disse a alunos da Universidade de Stanford que a simulação de afogamento era legal "por definição, se autorizada pelo presidente".

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