O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse em discurso nesta segunda-feira na capital do Chile que a transição dos países da América Latina para a democracia deveria ser vista como um exemplo para outras regiões do mundo, algumas das quais no momento lutam contra regimes autocráticos.
Sem mencionar especificamente o Oriente Médio e o Norte da África, onde a violência se alastrou e as rebeliões já levaram à queda de dois governos, Obama disse que uma das lições a serem aprendidas da América Latina é a transição para a democracia, que cada país fez nas décadas de 1970 e 1980, em grande parte através de um diálogo aberto.
Obama também afirmou que os EUA buscarão maneiras de ajudar o povo cubano a aumentar seus níveis de participação democrática. "Os povos das Américas têm o direito à democracia e todas as gerações nas Américas lutaram por ela. Como governo, temos a obrigação de defender a democracia que elas conquistaram", afirmou.
Obama também falou sobre os fortes laços econômicos entre os EUA e a América Latina e disse que nenhuma outra região do mundo tem uma relação comercial tão forte com Washington. "Quando a América Latina é mais próspera, os EUA são mais prósperos", afirmou o mandatário. Na sua viagem à região, que já incluiu o Brasil e terá uma breve passagem por El Salvador, Obama tentou fortalecer as relações comerciais.
O presidente afirmou que tem a intenção de dar um impulso aos acordos de livre-comércio entre os EUA e Colômbia e Panamá. Atualmente, ambos os acordos estão parados no Congresso norte-americano.
Obama também se referiu a como os EUA estão ajudando a região a lutar contra o narcotráfico e reconheceu que Washington tem uma responsabilidade nesta questão, enquanto luta contra o consumo interno de drogas.
Obama também falou que a América Latina é uma região em mudança e que, devido ao crescimento econômico dos países, ultrapassou a crise econômica mundial melhor que qualquer outra região. "O mundo precisa reconhecer a América Latina como a região dinâmica que é. Quando os países latino-americanos e os EUA se juntam (em busca de um objetivo comum) não existe nada que não possamos alcançar". As informações são da Dow Jones.
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