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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB à presidência da República, afirmou neste domingo que está "animadíssimo", esperando que seu nome seja anunciado nesta terça-feira como o escolhido pelo partido para disputar a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, o triunvirado tucano, formado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de Minas Gerais. Aécio Neves e o senador Tasso Jereissati (CE), presidente nacional do PSDB, terá "uma boa solução", mas se a decisão não sair "não vai acabar o mundo".

- Vamos aguardar até terça-feira. Acho que vamos ter uma boa solução. Vamos estar unidos, trabalhar com muito entusiasmo para preparar um projeto nacional de desenvolvimento e trabalhar para o Brasil, que é o que interessa - disse em tom de candidato, durante visita domingo à tarde à 19ª Bienal do Livro. - Espero que saia, mas também se não sair não vai acabar o mundo.

Para Alckmin, não há nenhum fato novo que justifique a mudança da data para o anúncio ofical da escolha do candidato tucano.

- Não há nenhuma razão para acreditar que possa ter mudança. O presidente do partido, Tasso Jereissati, estabeleceu a terça-feira como data para esta definição e não tenho nenhum fato novo. Mas para mim não tem problema, estresse zero entendimento 100. Sempre vou trabalhar muito para ser o candidato do entendimento, para ser o candidato do desenvolvimento econômico e social, que é que interessa - afirmou, confirmando que deixará o governo paulista no próximo dia 31 depois de inaugurar as estações Imigrantes e Chácara Klabin do Metrô.

O governador paulista procurou desvincular a escolha do candidato tucano ao governo paulista da decisão de terça-feira. O prefeito de São Paulo, José Serra, o outro pré-candidato à presidência da República, estaria sendo convencido a aceitar a disputa estadual.

- O governo do estado é uma escolha independente. O governo de São Paulo não tem relação com a questão federal. São duas escolhas distintas, não há necessidade de ser tudo junto - disse.

Geraldo Alckmin disse ainda que "não tem nada a ver" a discussão sobre o fim da reeleição na escolha do candidato do PSDB. O compromisso com o fim da reeleição seria mais um argumento para convencer Serra a desistir da presidência este ano.

- Não, não tem nada a ver. Essa é uma decisão do Congresso Nacional, decisão por três quintos, duas votações, envolve prefeitos, governadores, presidentes. É uma decisão de conjunto. O que eu não acho razoável é você descoincidir e ter eleição todo ano. Você pode ter, como é hoje, quatro anos com uma reeleição ou ter quatro anos sem reeleição, sem nenhum problema. Isso aí não é uma questão de mérito, tem prós e contras aí.

Em tom de campanha, distribuindo autógrafos, assinando dedicatórias em livros e posando para centenas de fotografias, Alckmin bateu no governo Lula.

- Vi com muita tristeza nesses últimos dias tudo o que não deve acontecer, lá no Rio Grande do Sul, uma empresa ser invadida. Uma invasão de uma atividade do setor produtivo, invasão de laboratório, vandalismo, depredação contra a ciência, o avanço do setor produtivo. O Brasil precisa de estabilidade, precisa de segurança e a gente vê a omissão do governo Lula, que é lerdo na reforma agrária e é omisso e cúmplice nessas invasões.

Três dos quatro pré-candidatos declarados ao governado de São Paulo pelo PSDB negaram ontem a possibilidade de disputar o cargo com o prefeito José Serra. Durante debate promovido pelo diretório municipal, o vereador José Aníbal, o secretário municipal Aloysio Nunes e o deputado federal Alberto Goldman disseram que Serra é pré-candidato à Presidência da República e não ao governo estadual. O ex-ministro Paulo Renato de Souza, o quarto pré-candidato tucano, acredita que Serra pode disputar o governo paulista, embora não acredite na hipótese. Ele garantiu que sai da disputa se o prefeito for candidato.

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