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O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan, disse nesta quarta-feira ao primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, que falou com o presidente sírio, Bashar Assad, e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, pedindo a ambos que ajudem na libertação do soldado israelense seqüestrado no domingo passado por um grupo radical palestino.

Annan disse que está preocupado com a situação na Autoridade Palestina e pediu a Israel que procure se conter. O primeiro-ministro de Israel disse que a Autoridade Palestina nada está fazendo para ajudar a soltar o refém ou para impedir os ataques de foguetes que os palestinos fazem contra civis israelenses.

Aviões israelenses sobrevoaram um dos palácios do presidente sírio, Bashar al-Assad, nesta quarta-feira, para advertir a Síria com relação ao apoio aos militantes palestinos que raptaram um soldado israelense, disse o Exército de Israel.

Notícias da televisão israelense disseram que os vôos, no começo da manhã, provocaram fortes estrondos sonoros.

A porta-voz do Exército israelense disse que as aeronaves sobrevoaram o palácio de Assad, próximo da cidade de Latakia, "porque a liderança síria apóia e abriga líderes terroristas, entre eles o Hamas, os seqüestradores do soldado".

O Hamas estava entre as três facções que participaram do ataque na fronteira de Gaza, no domingo, em que o soldado foi capturado, mas o grupo não admitiu estar com o militar.

Líderes israelenses acusaram o chefe do Hamas em Damasco, Khaled Meshaal, de ser responsável pelo seqüestro.

Líderes exilados do Hamas disseram não estar envolvidos na operação de captura do soldado, mas estão levando a sério as ameaças de morte feitas por Israel.

A Síria revidou, segundo agências de notícias e a rede de TV CNN. O Exército atirou contra os caças israelenses que fizeram o vôo de advertência.

Num outro desenvolvimento, um homem de 62 anos, dado por desaparecido pela polícia da cidade central Rishon Lezion, em Israel, pode ser a terceira pessoa seqüestrada por radicais palestinos desde o domingo passado.

Segundo a agência Ynet News, as Brigadas dos Mártires Al-Aqsar espalharam panfletos em que assumem o seqüestro de Noah Moskovitch.

As Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa haviam anunciado que uma onda de seqüestros e ataques de foguetes seria lançada se Israel atacasse os palestinos.

Os militares israelenses entraram em Ramallah , na esteira da operação iniciada na noite de terça-feira na Faixa de Gaza, e prenderam três palestinos. Na noite de terça, pontes e uma usina elétrica foram destruídas pelos israelenses.

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