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Referendo decidirá se Evo Morales, o vice-presidente Álvaro Garcia Linera, e oito governadores permanecem ou não em seus cargos | Jorge Silva/Reuters
Referendo decidirá se Evo Morales, o vice-presidente Álvaro Garcia Linera, e oito governadores permanecem ou não em seus cargos| Foto: Jorge Silva/Reuters

Após a recusa de quatro governadores opositores em garantir a tranqüilidade da votação do referendo revogatório de amanhã na Bolívia, o governo boliviano resolveu declarar medidas de exceção no país. Durante 60 horas, a partir de hoje, estão proibidas manifestações, reuniões partidárias e até espetáculos culturais que causem aglomeração de pessoas. Todos os cidadãos estão proibidos de viajar e os vôos locais serão suspensos. Também não poderão circular carros sem autorização no dia da consulta em que os bolivianos decidirão se o presidente do país, Evo Morales, o vice-presidente, Álvaro Garcia Linera, e oito dos nove governadores - seis deles opositores - permanecem ou não em seus cargos.

"Os grupos que não acatarem a decisão serão submetidos a sanções e, quando necessário, a polícia será acionada", disse ontem o diretor de Comunicações do governo boliviano, Gastón Nuñez.

Medidas como essa são relativamente comuns durante processos eleitorais na Bolívia. Pela lei, porém, elas devem ser decretadas pelos governos regionais e costumam ficar em vigência por menos tempo. O aumento das tensões e a recusa dos governadores de departamentos (Estados) opositores, contudo, levou o governo a adotá-las por conta própria.

Com a aproximação do referendo, os ataques entre Evo e os líderes da oposição estão mais freqüentes. Grupos críticos ao governo prometem bloquear estradas e queimar urnas para adiar a votação. Os aliados de Evo se dizem prontos para defender o referendo.

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