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Desencadeamento de violência no país estaria sendo motivado por recursos públicos com o intuito de dar um golpe de estado e impedir a realização do referendo revogatório | Jorge Silva / Reuters
Desencadeamento de violência no país estaria sendo motivado por recursos públicos com o intuito de dar um golpe de estado e impedir a realização do referendo revogatório| Foto: Jorge Silva / Reuters

O ministro da Presidência da Bolívia, Juan Ramón Quintana, denunciou nesta quinta-feira (7) a utilização de recursos públicos para financiar atos de violência, com o objetivo de impedir que os eleitores participem do referendo revogatório marcado para o próximo domingo (10).

Para Quintana, essa atitude é um complô não apenas contra o governo, mas contra a Constituição boliviana. As informações são da Agência Boliviana de Información (ABI), órgão oficial do governo.

Segundo o ministro, o país encontra-se no início de um verdadeiro golpe de estado contra a ordem constitucional. Para ele, a estratégia já não é oprimir a realização do referendo, mas derrubar o presidente da República e desequilibrar a ordem democrática.

De acordo com a ABI, as declarações foram dadas na manhã desta quinta à emissora de rádio Patria Nueva. Quintana comparou o uso de recursos das prefeituras dos departamentos (estados) de Beni, Pando, Santa Cruz e Tarija para financiar a violência com os golpes de Estado registrados nos anos 80.

Para qualquer cidadão de qualquer outro país onde se vive em democracia, o que hoje em dia estão fazendo os prefeitos não é nada mais que um ato de revolta, de desacato, de organização de forças ilegais, paramilitares, para atentar contra todas as liberdades públicas, declarou o ministro.

O ministro também pediu que a população se mantenha mobilizada para chegar ao próximo domingo em um ambiente democrático, lembrando que o referendo é a única ferramenta democrática para resolver os conflitos do país de forma pacífica.

No dia 10 de agosto, a população boliviana participará do referendo revocatório presidencial, no qual decidirá se o presidente Evo Morales deve permanecer na chefia do governo, assim como os governadores de nove departamentos (estados).

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