![Ministro boliviano diz que país está na iminência de um golpe de estado Desencadeamento de violência no país estaria sendo motivado por recursos públicos com o intuito de dar um golpe de estado e impedir a realização do referendo revogatório | Jorge Silva / Reuters](https://media.gazetadopovo.com.br/2008/08/evo_morales_golpe_de_estado-1.0.114549353-gpLarge.jpg)
O ministro da Presidência da Bolívia, Juan Ramón Quintana, denunciou nesta quinta-feira (7) a utilização de recursos públicos para financiar atos de violência, com o objetivo de impedir que os eleitores participem do referendo revogatório marcado para o próximo domingo (10).
Para Quintana, essa atitude é um complô não apenas contra o governo, mas contra a Constituição boliviana. As informações são da Agência Boliviana de Información (ABI), órgão oficial do governo.
Segundo o ministro, o país encontra-se no início de um verdadeiro golpe de estado contra a ordem constitucional. Para ele, a estratégia já não é oprimir a realização do referendo, mas derrubar o presidente da República e desequilibrar a ordem democrática.
De acordo com a ABI, as declarações foram dadas na manhã desta quinta à emissora de rádio Patria Nueva. Quintana comparou o uso de recursos das prefeituras dos departamentos (estados) de Beni, Pando, Santa Cruz e Tarija para financiar a violência com os golpes de Estado registrados nos anos 80.
Para qualquer cidadão de qualquer outro país onde se vive em democracia, o que hoje em dia estão fazendo os prefeitos não é nada mais que um ato de revolta, de desacato, de organização de forças ilegais, paramilitares, para atentar contra todas as liberdades públicas, declarou o ministro.
O ministro também pediu que a população se mantenha mobilizada para chegar ao próximo domingo em um ambiente democrático, lembrando que o referendo é a única ferramenta democrática para resolver os conflitos do país de forma pacífica.
No dia 10 de agosto, a população boliviana participará do referendo revocatório presidencial, no qual decidirá se o presidente Evo Morales deve permanecer na chefia do governo, assim como os governadores de nove departamentos (estados).
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