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Intolerância

Ao menos 12 pessoas morrem em ataque a jornal em Paris

Equipe socorre uma das vítimas do atentado ao jornal Charlie Hebdo, em paris | REUTERS/Jacky Naegelen
Equipe socorre uma das vítimas do atentado ao jornal Charlie Hebdo, em paris (Foto: REUTERS/Jacky Naegelen)
Policial à frente da sede do jornal francês Charlie Hebdo, que sofreu ataque |

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Policial à frente da sede do jornal francês Charlie Hebdo, que sofreu ataque

Policiais trabalham no região onde ocorreu o atentado |

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Policiais trabalham no região onde ocorreu o atentado

A polícia bloqueou as ruas próximas à redação do jornal depois do ataque |

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A polícia bloqueou as ruas próximas à redação do jornal depois do ataque

Equipes de resgate, logo após o atentado |

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Equipes de resgate, logo após o atentado

Outro bloqueio das ruas próximas ao jornal |

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Outro bloqueio das ruas próximas ao jornal

Homens armados e encapuzados mataram a tiros 12 pessoas no prédio do jornal de sátiras Charlie Hebdo, em Paris, que foi alvo de ataque a bomba no passado após publicar charges com piadas sobre líderes muçulmanos e o profeta Maomé, informou a polícia nesta quarta-feira.

O presidente da França, François Hollande, esteve no local logo após o ataque, e o governo francês elevou o alerta de segurança do país ao nível máximo. "Esse é um ataque terrorista, não há dúvida disso", disse Hollande a repórteres.

Testemunhas afirmam que os atiradores se identificaram como membros do braço da rede terrorista Al Qaeda no Iêmen. As autoridades francesas, no entanto, ainda não confirmaram a autoria do atentado.

Mortos

O jornalista, caricaturista e diretor da revista "Charlie Hebdo", Charb, e outros três dos principais chargistas do semanário satírico francês, Cabu, Tignous e George Wolinski (um dos mais conceituados quadrinistas do mundo), estão entre os 12 mortos do ataque cometido nesta quarta-feira em Paris.

O advogado da publicação confirmou à emissora "France Info" os nomes das quatro vítimas. Segundo o último informe, o ataque deixou mais de 20 feridos, quatro deles em estado grave.

Em um francês aparentemente pouco fluente, chamaram pelo nome vários dos jornalistas da revista e dispararam contra eles.

Ao sair do edifício trocaram disparos com vários policiais e fugiram inicialmente em um Citroën C1 negro, que abandonaram depois em uma rua.

O policial Rocco Contento descreveu o interior do prédio como uma "carnificina" após o ataque.

Testemunhas

Testemunhas disseram ao canal de notícias francês iTELE terem visto o incidente a partir de um prédio próximo no coração da capital francesa.

"Cerca de meia hora atrás dois homens com capuz preto entraram no prédio com (fuzis) Kalashnikovs", disse Benoit Bringer à emissora. "Poucos minutos depois, nós ouvimos vários tiros", disse, acrescentando que os homens depois foram vistos fugindo do prédio.

A sede do Charlie Hebdo foi alvo de ataque com uma bomba incendiária em novembro de 2011 após o jornal ter publicado uma imagem do profeta Maomé em sua capa.

Alerta máximo

O presidente da França, François Hollande, elevou o alerta antiterrorismo para o nível mais alto após o ataque à revista satírica que deixou pelo menos 12 mortos nesta quarta-feira em Paris.

Hollande, que se dirigiu ao local do ataque, declarou que a ação foi um ataque terrorista e afirmou que quatro feridos estão "entre a vida e a morte" após homens mascarados terem invadido o local e realizado disparos com rifles AK-47. O presidente disse também que policiais estão entre as vítimas e declarou que vários ataques terroristas foram evitados no país nas últimas semanas.

Hollande fará um pronunciamento para a nação às 20h locais (17h de Brasília).

As 11 primeiras mortes (depois atualizadas para 12) foram confirmadas por Xavier Castaing, chefe de comunicação da polícia de Paris.

Ameaças

A publicação semanal é alvo de várias ameaças por causa da publicação de caricaturas do profeta Maomé e de outros desenhos controversos.

Em 2011 houve um incêndio no escritório da revista horas antes de uma edição especial da publicação semanal com o profeta Maomé ir às bancas. A representação de Maomé é inaceitável para os muçulmanos.

Segundo Luc Poignard, funcionário do sindicato dos policiais de Paris, os homens que realizaram o ataque deixaram o local em dois veículos.

Repercussão e solidariedade

A chanceler alemã, Angela Merkel, expressou repúdio nesta quarta-feira pelo atentado contra a revista satírica francêsa "Charlie Hebdo", incidente que classificou como "ataque contra a liberdade de imprensa e expressão", dois "pilares da sociedade democrática".

O atentado sofrido na sede da revista em Paris é absolutamente "injustificável", criticou a chanceler em mensagem enviada ao presidente francês, François Hollande, na qual expressa sua "comoção".

O ataque é um "ato abominável", onde além atentar "contra a vida de cidadãos e cidadãs francesas", assim como a segurança nacional do país, foi feito contra a liberdade de imprensa e expressão.

"Quero expressar, ao senhor e a seus compatriotas, as condolências dos cidadãos alemães e as minhas pessoais", prossegue a mensagem, divulgada pela Chancelaria.

Nos Estados Unidos, a Casa Branca condenou "nos termos mais fortes" o ataque e se comprometeu a ajudar na caça aos terroristas. "Os EUA estão determinados a ajudar a França a prender e levar os responsáveis pelo ataque ao 'Charlie Hebdo' à Justiça", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em entrevista à CNN.

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, condenou nesta quarta-feira o atentado cometido contra o semanário satírico francês "Charlie Hebdo", no centro de Paris, no qual pelo menos onze pessoas morreram e várias ficaram feridas.

Cameron disse que os responsáveis pelo atentado contra a publicação são "doentes" e se solidarizou com o povo francês na luta contra o terrorismo.

"Estamos com o povo francês na luta contra o terror e na defesa da liberdade de expressão", afirmou.

O vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, disse que a ação foi um "ataque" contra a liberdade de expressão e manifestou sua solidariedade com "as vítimas, famílias e colegas".

A presidente Dilma Rousseff lamentou nesta quarta-feira (7) o atentado à sede do jornal satírico francês "Charlie Hebdo" que deixou 12 mortos na manhã de hoje em Paris. Para a presidente, além das perdas humanas, o atentado representa também um ataque à liberdade de imprensa.

UE

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, qualificou nesta quarta-feira de "ato intolerável" o ataque contra o semanário satírico francês "Charlie Hebdo", que deixou pelo menos doze mortos.

"É um ato intolerável, uma barbárie que nos preocupa a todos como seres humanos e como europeus", disse Juncker em um comunicado.

O líder do Executivo comunitário se declarou "profundamente consternado pelo ataque brutal e desumano", e expressou sua solidariedade com as vítimas e seus parentes.

"Expresso em meu próprio nome e em nome da Comissão Europeia nossa máxima solidariedade com a França", acrescentou.

Já o presidente do parlamento Europeu, Martin Schulz, disse em sua conta do Twitter que estava "profundamente consternado" pelo ataque e que seus pensamentos estão com a equipe da revista, os policiais e familiares.

Egito

Governo egípcio condena "energicamente" atentado de Paris

O ministro das Relações Exteriores egípcio, Sameh Shoukry, mostrou nesta quarta-feira sua "enérgica" condenação ao atentado contra a sede da revista satírica francesa "Charlie Hebdo" em Paris, que deixou pelo menos 12 mortos.

Segundo um comunicado oficial, Shoukry expressou a solidariedade do Egito com a França e seu apoio na luta antiterrorista.

Para o ministro das Relações Exteriores, "o terrorismo é um fenômeno internacional cujo alvo é a segurança e a estabilidade no mundo" e pediu que sejam unificados os esforços internacionais para acabar com ele.

O texto também expressa as condolências do Egito às famílias das vítimas, ao povo e ao governo da França.Fotos

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