A capital do Irã, Teerã, vive um domingo de "calma tensa", segundo testemunhas, depois que dez pessoas morreram nos confrontos entre polícia, milicianos islâmicos e manifestantes oposicionistas no dia anterior.

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A polícia de choque e milícias pró-governo tomam as ruas, mas os oposicionistas não voltaram a se manifestar.

A oposição iraniana protesta contra a reeleição do presidente conservador Mahmoud Ahmadinejad, no último dia 12. Os oposicionistas, liderados pelo candidato derrotado Mir Houssein Moussavi, dizem que houve fraude e pedem uma nova votação.

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O canal por satélite em inglês da televisão pública iraniana Press TV chegou a informar 13 mortes nos confrontos entre policiais e "terroristas" sábado em Teerã, mas a televisão estatal informou que 10 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas, destacando a presença de "agentes terroristas" com armas de fogo e explosivos.

Os policiais usaram cassetetes, munição, gás e canhões de água, segundo testemunhas.

A imprensa internacional está proibida de acompanhar os protestos, e as únicas imagens chegam pela internet, postadas por militantes da oposição. Confrontos durante a semana já haviam matado pelo menos mais 8 pessoas, mas o número pode ser maior, segundo ONGs.

O chefe da polícia iraniana, Ismail Ahmadi Moghadam, advertiu à oposição neste domingo que as Forças de Segurança reprimirão "com decisão" qualquer tipo de protesto nas ruas. Em carta enviada ao líder opositor Mir Houssein Moussavi, o comissário diz que as ações deste tipo são "completamente ilegais".

Segundo relatos, quando a noite caiu, milhares de pessoas foram para os telhados para gritar "Allahu Akbar" ("Deus é grande"), uma repetição do que aconteceu em 1979, durante a revolução islâmica.

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A manifestação de sábado foi um claro desafio ao guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, que na sexta-feira advertiu que não cederia à pressão das ruas.

Prisões

Faezeh Rafsanjani, filha do ex-presidente iraniano Akbar Hashemi Rafsanjani, foi presa durante os protestos de sábado em Teerã, segundo a agência estatal iraniana Fars.

Segundo a agência, ela foi presa para ter sua segurança preservada e teria sido solta ao fim das manifestações.

A polícia iraniana também anunciou a dentenção de vários membros do grupo opositor ilegal "Mujahedin Khalq" (Combatentes do Povo), acusados de causar distúrbios durante os últimos dias de protestos eleitorais no país.

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A televisão estatal informou que os membros do citado grupo, considerado terrorista pelo Irã, tinham entrado no país através do Iraque, onde tiveram treinamento terrorista.