O ministro de Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, acusou os britânicos de buscarem sabotar a eleição presidencial realizada no dia 12 de junho, que elegeu o presidente Mahmoud Ahmadinejad para mais um mandato de quatro anos, desencadeando protestos e massa no país. "O Reino Unido conspirou contra a eleição presidencial por mais de dois anos", disse hoje Mottaki a diplomatas estrangeiros em Teerã. A acusação foi prontamente rejeitada pelo governo britânico.
"Testemunhamos um fluxo de pessoas (do Reino Unido) antes da eleição. Elementos ligados ao serviço secreto britânico estavam desembarcando em um grande número", acusou o ministro iraniano.
Além disso, o presidente reeleito, Mahmoud Ahmadinejad, exigiu hoje que os EUA e o Reino Unido parem de se "intrometer" nos assuntos da república islâmica. "Ao fazerem comentários apressados, vocês não terão um lugar no círculo de amigos do Irã. Portanto, eu recomendo a vocês para corrigirem suas posições de interferência", o presidente em um comunicado postado em seu site.
Em Londres, o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Miliband, rejeitou as acusações de que países estrangeiros teriam manipulado os tumultos em Teerã. "Eu rejeito categoricamente a ideia de que os manifestantes no Irã fossem manipulados ou motivados por países estrangeiros", disse Miliband em resposta as acusações feita pelo ministro iraniano Manouchehr Mottaki.
"A tentativa do ministro Mottaki, nas declarações feitas a diplomatas em Teerã, de tornar a disputa entre iranianos sobre aos resultados da eleição em uma batalha entre o Irã e outros países - o Reino Unido em particular - são sem fundamento", disse Miliband.
"O Reino Unido é categórico de que é o povo iraniano que deve escolher seu governo e as autoridades iranianas devem assegurar a lisura do resultado e a proteção de seu próprio povo", afirmou o ministro britânico. Ele também acresceu que os informes da tevê iraniana de que 10 manifestantes morreram ontem "vai elevar o nível de preocupações entre os iranianos e ao redor do mundo". As informações são da Dow Jones.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião