A Suprema Corte do Iraque aprovou hoje os resultados finais das eleições gerais de 7 de março. As exceções ficaram por conta de dois candidatos, em um Parlamento de 325 membros. Em uma decisão televisionada de Bagdá, o chefe do Conselho Supremo de Jurisdição do país, Madhat al-Mahmoud, declarou que a corte "oficialmente ratificou os resultados finais das eleições". Após meses de atrasos, a ratificação pode ajudar a acelerar as negociações para formar um novo governo.
A aliança secular Al-Iraqiya, liderada pelo ex-primeiro-ministro Ayad Allawi, venceu por pouco a eleição, obtendo 91 cadeiras no Parlamento. Já a aliança Estado de Direito, um bloco xiita liderado pelo primeiro-ministro Nouri al-Maliki, ficou com 89 postos.
Mahmoud afirmou que a corte ainda não tomou sua decisão sobre dois dos candidatos ganhadores, Omar al-Karbouly, do bloco Al-Iraqiya, e Furat Muhssein Saeed, da Aliança Nacional Iraquiana, uma força xiita. "Nós ainda estamos estudando os papéis deles e devemos divulgar uma decisão mais posteriormente."
Nenhum dos grupos políticos pode formar um governo sem se aliar com outras forças. Em março, a Suprema Corte deixou em aberto se o maior bloco deve formar o novo governo, ou se pode haver outras coalizões. No mês passado, a aliança de Maliki anunciou que formou uma coalizão com a Aliança Nacional Iraquiana. Juntos os partidos teriam 159 cadeiras, perto das 163 necessárias para a maioria. Essas forças não concordaram, porém, sobre quem seria o primeiro-ministro.
Allawi argumenta que o bloco vencedor nas urnas deve formar o governo. Ele advertiu que as tentativas de excluir seu grupo do poder poderiam levar à violência sectária semelhante à ocorrida em 2006 e 2007 no país.
O próximo governo deve testemunhar a partida das tropas dos Estados Unidos do Iraque. O número de forças norte-americanas no território iraquiano deve baixar para cerca de 50 mil até o fim de agosto. Um acordo prevê que as tropas dos EUA deixem o país até o fim de 2011. As informações são da Dow Jones.
