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A República Dominicana colocou nesta quarta-feira (13) vigilância especial ao longo da fronteira com o Haiti, ao mesmo tempo em que uma delegação oficial viajou a Porto Príncipe com ajuda para as vítimas do forte terremoto que atingiu o país vizinho no dia anterior.

Os dois países mantêm há muitos anos um atrito por causa do fluxo ilegal de imigrantes na fronteira. Teme-se que milhares de pessoas estejam mortas ou soterradas nos escombros deixados pelo abalo devastador de magnitude 7.

"Não se trata de um aumento da vigilância militar na fronteira. Simplesmente tomamos algumas precauções especiais tendo em vista a desgraça que vive o Haiti", disse à Reuters uma fonte militar.

"Nessas circunstâncias, não se pode descuidar da segurança nesta zona vulnerável ao tráfego de pessoas sem documentos, drogas e armas", acrescentou.

O governo decidiu que ao menos oito ambulâncias devem permanecer na comunidade de Jimani, povoado dominicano mais próximo a Porto Príncipe e 270 quilômetros a sudoeste de Santo Domingo, para serem utilizadas no transporte de feridos, e também colocou à disposição os hospitais da região.

Ao menos dois engenheiros dominicanos morreram, e um terceiro ficou ferido, quando caiu o edifício onde trabalhavam no Haiti.

Nas primeiras horas desta quarta-feira três helicópteros militares dominicanos partiram com alimentos, remédios, médicos e socorristas com destino a Porto Príncipe para iniciar o que o porta-voz da Presidência, Rafael Núñez, definiu como uma ponte aérea entre os dois países.

Mais de um milhão de haitianos mora na República Dominicana, a maioria sem documentos. Muitos se aglomeravam em zonas da periferia da capital e no chamado "Pequeno Haiti", no centro de Santo Domingo, para tentar falar pelo telefone com seus parentes.

A delegação dominicana que viajou a Porto Príncipe inclui os ministros de Obras Públicas, Victor Días, e de Saúde Pública, Bautista Rojas Gómez, entre outros funcionários de alto escalão.

O terremoto também atingiu com força a República Dominicana, mas as autoridades não relataram vítimas nem danos materiais.

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