Após a viagem histórica a Cuba, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou à 1h10 desta quarta-feira (23) na Argentina para sua visita de dois dias ao país.
No aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires, o dirigente foi recebido pela ministra de Relações Exteriores, Susana Malcorra. Em seguida, foi para a embaixada americana, no bairro Palermo, onde ficará hospedado.
A visita oficial de Obama marca a reaproximação dos Estados Unidos e da Argentina, que haviam se afastado nos últimos oito anos durante os mandatos de Cristina Kirchner.
Na semana passada, em entrevista a um programa de TV do canal americano CNN, o mandatário afirmou que tinha uma relação cordial com Cristina, mas que as políticas da argentina eram “sempre anti-estadunidenses”.
Desde que Mauricio Macri assumiu a presidência, em dezembro do ano passado, o governo de Obama vem elogiando as novas medidas adotadas pelo país.
Nesta quarta, os dois dirigentes se reunirão às 11h30 na Casa Rosada. No período da tarde, o americano se encontrará com jovens argentinos para uma conversa e, na sequência, participará de um jantar oferecido por Macri para cerca de 400 pessoas no Centro Cultural Néstor Kirchner.
Novas relações?
Há 15 anos, existe um forte sentimento contra os Estados Unidos na Argentina, pois parte da população culpa o país e o FMI pela crise de 2001.
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Leia a matéria completaNos últimos anos, porém, a imagem dos EUA vem melhorando. Hoje, 45% dos argentinos tem uma boa imagem do país e 18%, uma ruim. Em 2008, 29% viam os EUA de forma positiva e 32% de forma negativa.
O ator Juan Noozt, 32, é um dos que ainda não aprovam o governo americano. “Os EUA são um império e fazem os demais países se acomodarem de acordo com sua situação política e econômica. Desejo que a Argentina tenha um papel melhor do que esse que lhe dão”, disse à reportagem.
O economista Ezequiel Zambaglione, 33, é mais otimista. Ele afirma que, com a visita de Obama e da comitiva de empresários que o acompanha, os investimentos na Argentina deverão aumentar.
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