Dublin, Irlanda - As contagens preliminares do segundo referendo na Irlanda sobre o Tratado de Lisboa indicam a aprovação da reforma que fortalece as instituições da União Europeia. Mesmo a classe trabalhadora e as áreas rurais, que rejeitaram o Tratado em um primeiro referendo realizado em junho de 2008, estão alinhadas a essa apuração inicial.

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Cerca de 60% dos votos apurados são para o "sim", o que representa uma mudança dramática em relação aos 50% de "não" à reforma, vistos no referendo do ano passado por parte da maioria dos núcleos rurais e de trabalhadores.

Essa mudança foi estimulada por uma série de protocolos da União Europeia que esclareceram a neutralidade da Irlanda em algumas matérias. Eles também mantiveram as leis antiaborto do país, além da garantia de independência em cobrança de impostos e o direito de manter seu próprio comissário europeu.

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O agravamento da crise econômica no país foi um dos principais fatores que fortaleceram o "sim". O primeiro-ministro Brian Cowen relacionou o Tratado de Lisboa à criação de empregos e disse que uma negativa poderia prejudicar a confiança internacional acerca da economia pequena e aberta da Irlanda.

"Estou satisfeito pelo país e parece uma vitória convincente para a Irlanda", disse o ministro de Relações Exteriores, Micheal Martin, à agência RTE. "Eu acredito com entusiasmo que nosso futuro está com a União Europeia e não há nenhum motivo real para votar ‘não’", disse.

Opositores à reforma reagiram mal às apurações prévias. "Foi uma das batalhas mais desiguais da história", disse o membro do parlamento europeu Joe Higgins, do Partido Socialista. "O enorme financiamento de grandes negócios foi para o lado do ‘sim’ de modo grosseiro."

A Irlanda é o único dos 27 países membros da União Europeia que está realizando um referendo para aprovação do Tratado de Lisboa.

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