A Arábia Saudita revelou nesta quarta-feira (4) que 11 dos cidadãos na sua lista de procurados, suspeitos de terrorismo, foram libertados da prisão americana da base naval de Guantánamo (Cuba), o que levantou dúvidas sobre a eficácia do programa de reabilitação de terroristas mantido pela monarquia da Arábia.
A informação foi vinculada poucas semanas após o presidente dos Estados unidos, Barack Obama, assinar ordem para fechar em doze meses a prisão em Guantánamo.
Na segunda-feira, a Arábia Saudita publicou uma lista de 83 cidadãos sauditas e dois iemenitas que vivem fora do país e têm envolvimento com a rede terrorista Al-Qaeda. A monarquia saudita pediu a ajuda da Interpol, a polícia internacional, para prender todos os elementos.
Cerca de 133 detentos, entre os 700 que passaram por Guantánamo, eram sauditas, de acordo com o porta-voz do Ministério do Interior da Arábia Saudita, o general Mansour al-Turki. Destes, 117 voltaram ao reino saudita e foram incluídos em programas de recuperação de terroristas.
"Exceto pelos 11 (da lista), que vieram de Guantánamo, ainda existem 106 pessoas que entraram no programa de reabilitação e estão indo bem nele", disse al-Turki à Associated Press.
Em parte por causa das garantias do governo saudita sobre a eficácia dos programas de reabilitação, muitos cidadãos sauditas foram libertados de Guantánamo. Apenas 13 estão atualmente na prisão, informou al-Turki.
O Pentágono soltou um relatório, em 13 de janeiro, que contradizia as informações da monarquia saudita, ao afirmar que muitos dos libertados haviam voltado a contactar as organizações extremistas e lançaram ataques. Em dezembro de 2008, dados do governo americano indicavam que 61 dos ex-detentos haviam regressado às organizações extremistas, contra 37 em março.
Ainda existem 245 detentos em Guantánamo. As informações são da Associated Press.
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