A Argentina disse ter obtido o apoio de líderes da América Latina e do Caribe para seus protestos contra a exploração petrolífera da Grã-Bretanha nas Ilhas Malvinas, durante a cúpula do Grupo do Rio nesta segunda-feira.
Na chamada Cúpula da Unidade da América Latina e do Caribe, que começou nesta segunda-feira no balneário mexicano de Playa del Carmen, a presidente Cristina Kirchner recebeu o apoio das nações da região. A Argentina mantém uma histórica disputa com os britânicos pela soberania do arquipélago.
O governo argentino reagiu nas últimas semanas depois de conhecer as intenções da empresa Desire Petroleum de prospectar petróleo no entorno das ilhas.
"O mais importante é ter conseguido um apoio muito, muito forte à legitimidade de nossas reivindicações e fundamentalmente também ao que é a nova atividade petrolífera a partir da nova plataforma que foi instalada", disse Cristina a jornalistas.
Fontes diplomáticas argentinas garantiram que o presidente mexicano, Felipe Calderón, disse na reunião a portas fechadas que os países haviam aprovado um documento apoiando a Argentina na disputa territorial.
Outros líderes da região tornaram público seu apoio à Argentina.
"É uma das mais grosseiras demonstrações do velho colonialismo unido com o novo, o neocolonialismo", disse o presidente venezuelano, Hugo Chávez, em referência à exploração da petrolífera britânica que, apesar das reivindicações, começou nesta segunda-feira as atividades de exploração nas Malvinas.
Apesar de tudo, Cristina disse que seu país não estava considerando medidas mais sérias que não estivessem contempladas no direito internacional.
A Grã-Bretanha controla as Malvinas (ou Falklands) desde 1833, e em 1982 a Argentina causou uma guerra com quase mil mortos, ao tentar ocupar as ilhas militarmente.
Na cúpula, à qual jornalistas não tiveram acesso por medida de segurança, as nações latino-americanas e caribenhas anunciaram que pretendem criar um novo organismo diplomático regional sem a presença dos Estados Unidos.
O Grupo do Rio foi criado em 1986 por meio da Declaração do Rio de Janeiro, firmada por Argentina, Brasil, Colômbia, México, Panamá, Peru, Uruguai e Venezuela. Com os anos, outros países foram se somando ao grupo.
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