Um carro-bomba explodiu nesta terça-feira (18) perto de um comboio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), nas proximidades de Cabul, matando pelo menos sete civis e deixando 50 feridos, informou o Ministério do Interior. Afegãos que trabalhavam para as Nações Unidas estavam entre os mortos e feridos. O ataque ocorre dois dias antes das eleições nacionais, nas quais será escolhido o novo presidente. O Taleban é contrário à realização do pleito e afirmou que as pessoas que votarem serão possíveis alvos. Pouco depois, o grupo reivindicou a autoria do atentado contra as forças da Otan. A entidade informou que não realizará operações militares regulares no dia da eleição. A aliança disse que fará apenas missões consideradas "necessárias para proteger a população".
O chefe da missão da ONU no Afeganistão, Kai Eide, disse em comunicado que dois funcionários da entidade foram mortos e um estava ferido. Todos seriam afegãos. Aproximadamente 12 veículos privados foram destruídos perto do local do atentado. As forças dos Estados Unidos, da Otan e afegãs estão em alerta máximo por causa das eleições de quinta-feira. O atual presidente, Hamid Karzai, é considerado favorito. Mas seu principal rival, o ex-ministro de Relações Exteriores Abdullah Abdullah vem ganhando espaço e pode haver segundo turno.
Horas antes do atentado suicida, dois morteiros explodiram perto do palácio presidencial em Cabul, segundo militares norte-americanos. Não houve feridos neste ataque. Em outro incidente, um suicida se explodiu às portas de uma base do Exército afegão, na província de Uruzgan, no sul do país, matando três soldados e dois civis, segundo o chefe da polícia provincial Juma Gul Himat.