Duas mulheres atiraram ontem contra o consulado dos Estados Unidos em Istambul e pelo menos oito pessoas foram mortas em uma onda de ataques contra forças de segurança turcas. A autoria dos ataques foi assumida pelo Partido da Frente Libertação Popular Revolucionária (DHKP-C), grupo de extrema esquerda considerado uma organização terrorista pelos EUA e pela Turquia. Em abril, membros do grupo mataram o promotor Mehmet Kiraz em um tribunal. Em 2013, o DHKP-C promoveu um ataque suicida à embaixada dos EUA em Ancara.
A polícia isolou as ruas ao redor do consulado norte-americano, no distrito de Sariyer, no lado europeu de Istambul, após o ataque.
De acordo com a agência de notícias estatal Anadolu, uma suspeita do ataque foi presa. Hatice Asik, de 42 anos, seria integrante do DHKP-C. Na internet, o grupo justificou a ação por considerar os Estados Unidos um “inimigo dos povos do Oriente Médio”. As oito mortes, de policiais ou atiradores, ocorreram em vários pontos do país.
A Turquia está em estado de alerta desde que entrou na luta contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria e militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no Iraque. Ontem, rebeldes curdos da província de Sirnak atiraram contra um helicóptero militar que transportava recrutas do Exército, matando um dos ocupantes da aeronave.