O ataque de Israel contra a Faixa de Gaza deve mexer na agenda de prioridades do presidente eleito dos EUA, Barack Obama. Preparado para dar grande destaque à questão econômica, e já mobilizado pela tarefa de montar e aprovar o maior pacote de estímulo fiscal da história americana, Obama agora terá de dividir suas atenções com a administração de uma crise de grandes proporções na política externa.
Ele estará em situação particularmente delicada, pois sua posição favorável ao entendimento e ao diálogo será testada por dois inimigos em momento de escalada das hostilidades. Até a decisão de Obama de não dar palpite antes de assumir o cargo no dia 20 está sendo criticada. "Obama e seus assessores deveriam estar aconselhando o governo George W. Bush a usar todos os meios diplomáticos possíveis para promover uma trégua e exortar Israel a não invadir Gaza", escreveu John Nichols, analista da revista The Nation.
Mas a crise em Gaza também pode se revelar uma oportunidade para Obama deslanchar uma abordagem renovadora na política externa. Para Shibley Telhami, professor de Ciência Política da Universidade de Maryland, há hoje uma crise de liderança mundial. Assim, o presidente eleito pode aproveitar seu carisma e a rejeição geral às estratégias de Bush para recriar as condições de negociações para uma paz duradoura na região. "As pessoas estão esfomeadas por liderança e há também a obamania, as pessoas estão fascinadas com o novo presidente", disse.
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