A presidente do Chile, Michelle Bachelet, assegurou neste domingo (16) que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) não é um instrumento nas mãos do presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
"A Unasul são doze países que têm percepções e visões distintas. Se trata de como unimos forças para alcançar objetivos com os quais estamos de acordo", disse a mandatária em entrevista publicada na edição de domingo do diário chileno El Mercurio.
Bachelet disse que "para que a Unasul expresse integração - no que avançamos muito durante o meu mandato - é preciso que esse movimento seja aprofundado e isso se consegue sobre a base da construção de acordos, respeito aos demais e a busca da solução dos problemas".
Nos encontros dos presidentes, Chávez frequentemente tenta desviar a atenção, como na segunda-feira da semana passada no Equador, quando levou o tema do acordo militar entre Colômbia e Estados Unidos ao centro dos debates. O tema será discutido em uma reunião na Argentina no final de agosto.
"Em todos os organismos multilaterais, os presidentes têm a oportunidade de fazer uso da palavra de acordo com a sua maneira, personalidade e estilo", disse Bachelet. Ela também disse que o golpe de Estado de 28 de junho contra o presidente hondurenho José Manuel Zelaya foi um "profundo retrocesso para a democracia na América Latina". Segundo ela, é preciso que seja adotado o Acordo de San José, proposto pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias, como uma solução para reverter o golpe de Estado. As informações são da Associated Press.
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