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Um tribunal do Bahrein sentenciou hoje quatro manifestantes xiitas à morte e outros três à prisão perpétua pela morte de dois policiais no momento em que forças de segurança reprimiram um protesto por democracia no mês passado. A informação foi divulgada por um funcionário da oposição.

Ali Abdullah Hasan, Qasim Hassan Mattar, Saeed Abdul Jalil Saeed e Abdul Aziz Abdullah Ibrahim foram sentenciados à morte, disse um ex-parlamentar do grupo oposicionista Al-Wefaq, Matar Matar, em entrevista à France Presse. Já Issa Abdullah Kazem, Sadiq Ali Mahdi e Hussein Jaafar Abdul Karim pegaram prisão perpétua, acrescentou ele. O julgamento dos sete começou em 17 de abril. Eles haviam sido acusados por homicídio premeditado no país do Golfo Pérsico. Seus advogados afirmam que eles são inocentes.

Os sete condenados ainda podem recorrer das penas. Os veredictos são os primeiros relacionados ao levante no Bahrein, inspirado pelas revoltas no mundo árabe. A maioria xiita do país reclama de discriminação e pede mais igualdade e liberdades na pequena nação comandada por sunitas. O Bahrein é um aliado estratégico dos Estados Unidos e abriga a 5.ª Frota norte-americana.

Está em vigor no Bahrein uma lei de emergência desde 15 de março. Foram presas nesse período centenas de pessoas, entre manifestantes e líderes da oposição. Pelo menos 30 pessoas morreram no país desde 15 de fevereiro, quando começaram os protestos contra o governo no Bahrein. Quatro partidários da oposição também morreram enquanto estavam sob custódia policial.

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