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Crise

Batalhão ucraniano de voluntários denuncia morte de 11 de seus membros

Soldados ucranianos durante cessar-fogo entre Kiev e separatistas pró-Rússia | EFE/EPA/ROMAN PILIPEY
Soldados ucranianos durante cessar-fogo entre Kiev e separatistas pró-Rússia (Foto: EFE/EPA/ROMAN PILIPEY)

O batalhão de voluntários "Aidar", que luta ao lado das forças ucranianas no leste do país, denunciou neste sábado que pelo menos 11 de seus integrantes morreram na última madrugada depois que caíram em uma emboscada após o estabelecimento do cessar-fogo entre Kiev e os separatistas pró-Rússia.

"A segunda companhia do batalhão caiu em uma emboscada já depois da trégua. Segundo dados preliminares, 11 pessoas morreram", disse à agência local "Interfax Ukraini" o ajudante do comandante do "Aidar", Roman Romanovich.

Acrescentou que o batalhão voluntário, que esteve a ponto de ser dissolvido no início da operação militar contra os rebeldes por desobedecer ordens do comando militar ucraniano, se envolveu em várias confrontos depois das 18h locais de ontem, quando entrou em vigor o cessar-fogo.

Também o assim chamado ministro da Defesa da autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD), Vladimir Kononov, denunciou para a emissora de rádio russa "Eco de Moscou" que as forças ucranianas violaram o cessar-fogo estipulado ontem em Minsk em pelo menos 12 ocasiões.

Segundo Kononov, as Forças Armadas ucranianas aproveitaram a trégua para aproximar sua artilharia e blindados das posições dos rebeldes ao invés de retirar todo o armamento pesado das imediações das cidades, como foi acordado ontem no protocolo do cessar-fogo assinado na capital bielorrussa.

"O Exército ucraniano deverá se afastar das fronteiras da RPD, porque, caso contrário, não tem nenhum sentido a assinatura do protocolo sobre a trégua, nem sequer para um cessar-fogo temporário", opinou Kononov.

Os separatistas pró-Rússia também denunciaram várias explosões que aconteceram hoje na área de Krasnogorovka, um subúrbio da cidade de Donetsk, e tiroteios isolados na cidade de Kirovskoe, no leste da região, onde, segundo os rebeldes, atuam grupos que querem sabotar a trégua.

Apesar desses e outros poucos incidentes isolados, a maioria dos quais ocorreram ontem, quando a ordem de cessar-fogo não tinha chegado a todos os combatentes, a trégua conseguida durante a reunião do Grupo de Contato para a crise ucraniana realizada em Minsk está sendo respeitada por todas as partes em conflito.

"As forças da operação antiterrorista cumprem o regime do cessar-fogo em estrito cumprimento das ordens do comandante supremo" da Ucrânia (o presidente ucraniano, Petro Poroshenko), disse hoje o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa (CSND) da Ucrânia, Andrei Lisenko.

O protocolo para o cessar-fogo, considerado como o primeiro passo de um plano de paz gradual, prevê o controle internacional da trégua, que ficará a cargo previsivelmente da OSCE, e a troca de prisioneiros, que pode começar ainda hoje.

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